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Inflação preocupa, com Selic no radar em semana de Copom

O Boletim Focus publicado nesta segunda-feira mostra que a pressão inflacionária se mantém no radar das mais de 100 instituições financeiras analistas ouvidas pelo Banco Central. A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu para 6,79%, ante 6,56% na semana anterior. Essa foi a 17ª semana consecutiva em que os analistas elevaram a expectativa para inflação. “Nesta semana também temos a reunião do Comitê de Política do Banco Central (Copom), que se reúne, na terça e quarta-feira 3 e 4, para decidir a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 4,25%. As apostas sinalizam alta por ser a taxa de juros a principal ferramenta do Banco Central para o controle da inflação”, comenta Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. O BC já sinalizou que continuará o movimento de alta dos juros. 

As projeções para o crescimento deste ano continuam aumentando lentamente. Nesta semana, a mediana das projeções do Focus subiu de 5,29% para 5,30%. Para 2022, manteve-se em 2,10%. “Mesmo em um cenário de um novo surto nos próximos meses, o que é um risco considerável, bastando conferir o que ocorre nos EUA nas últimas semanas – as autoridades públicas não devem implementar novas medidas de bloqueio, dada a melhoria da capacidade hospitalar, a falta de apetite político por restrições e o claro esgotamento social com o isolamento, que não foi tão intenso nem durante a forte segunda onda do primeiro semestre. Com isso, as projeções para o crescimento deste ano continuam aumentando lentamente”, destaca Simões. 

Na agenda da semana, destaque para a pauta do Congresso Nacional, que voltou hoje do recesso, com temas que podem impactar as projeções, como a Reforma do Imposto de Renda. “Na sexta-feira passada, tivemos uma amostra de como o câmbio pode se desvalorizar rapidamente por conta de um acontecimento com fracas ligações com a conjuntura econômica. O Ibovespa caiu 3,08% e o dólar subiu 2,57% como reação às declarações do ministro da Economia sobre uma conta de vários bilhões em precatórios para 2022, que pode prejudicar sobremaneira a política fiscal, que já deve estar pressionada pelo novo programa de transferência de renda (o “novo Bolsa Família”) e pelos demais aumentos de gastos que são costumeiros em anos eleitorais”, acrescenta o economista. 

Fonte: NULL

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