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Indústria ganha eficiência energética no pós-apagão

Seis anos após o racionamento de energia elétrica, a busca pela eficiência energética foi incorporada ao dia-a-dia das empresas, por motivos que incluem a redução de custos e a preocupação com a oferta futura. Na indústria, ocorreu um forte incremento na produtividade elétrica. Nos cinco anos antes do racionamento, a cada 1% de aumento da produção, o consumo de energia elétrica crescia 2%. Após o “apagão”, essa relação caiu pela metade e passou a ser de um para um. A principal razão para essa busca de eficiência é o custo do insumo para o setor, que subiu 57% acima da inflação entre 2001 e 2006 para os clientes cativos das distribuidoras.
A Sadia reduziu em 11% seu consumo de energia por tonelada de alimentos produzidos nos últimos quatro anos, com um programa focado na otimização dos equipamentos e troca de lâmpadas. Na Basf, a participação do gás na matriz energética já alcança 70%. A Oi está aumentando a compra do insumo no mercado livre e o Pão de Açúcar começa a segunda fase de um programa cuja primeira etapa permitiu reduzir em 6% o consumo de energia em 162 lojas.
Mesmo para as empresas que compram energia no mercado livre (mais barata que a das distribuidoras), a oferta futura não está garantida e a renovação dos contratos nos próximos anos deve resultar em preços mais elevados. De olho na queda de atratividade do mercado livre, as distribuidoras – como Eletropaulo e Cemig – vêem uma oportunidade de recuperar antigos clientes. Para isso, a obrigação de investir 0,5% da receita operacional líquida em programas de uso racional de energia junto aos consumidores tem sido voltada para programas de economia em parceria com grandes clientes.
As empresas também começam a investir em programas de autogeração de energia. Essa foi a opção da Klabin para garantir a expansão de sua fábrica em Monte Alegre, no Paraná. No próximo ano, a companhia irá produzir 80% da energia que consome, por meio de biomassa. Na Oi, 28 dos 700 prédios espalhados pelo país já consomem energia adquirida no mercado livre, que em alguns casos provém de biomassa do bagaço de cana

Fonte: Valor

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