INDÚSTRIA FLUMINENSE AVANÇA MAIS DO QUE A NACIONAL
A indústria do Rio de Janeiro foi uma das nove entre as 14 regiões que tiveram crescimento em agosto e já acumula alta de 3,2% no ano, resultado melhor que o do Brasil (2,8%).
De julho para agosto, a indústria fluminense cresceu 1,1%, o segundo resultado positivo do estado (na série ajustada sazonalmente). Esse crescimento foi maior do que o da indústria brasileira como um todo (0,7%). Somente cinco regiões ficaram acima da média nacional: Bahia (3,2%), Goiás (2,1%), Minas Gerais (1,3%), Rio de Janeiro (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,9%). Essa série não permite um detalhamento por atividade.
Na comparação com agosto de 2005, o crescimento foi menor (0,7%), mas bastante influenciado pela alta de 3,4% da indústria extrativa, que depois de dois meses em queda, voltou a subir.
Em junho e julho, a Petrobrás, importante empresa do setor passou por uma paralisação para manutenção em uma das plataformas. Esse movimento teve reflexo, principalmente, no Rio de Janeiro, e com menor impacto, no Brasil.
Em agosto, a Companhia voltou a operar normalmente. Segundo Fernanda Vilhena, economista do IBGE, os dados mostram claramente que a paralisação da Petrobrás não foi suficiente para anular o impacto positivo da atividade no estado.
Outra indústria que também cresceu foi a de transformação (0,1%). Nesse caso, os destaques foram outros produtos químicos (13,8%), puxado por herbicidas, alimentos (12,1%), veículos automotores (16,9%) e edição e impressão (11,7%).
Se por um lado as indústrias extrativa e de transformação cresceram, as principais pressões negativas vieram de farmacêutica (-20,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,1%) e metalurgia básica (-4,0%), pressionadas, em grande parte, pela redução na fabricação de medicamentos; querosene para aviação; e folhas-de-flandres, respectivamente.
Já os acumulados no ano (3,2%) e nos últimos doze meses (3,3%) ficaram acima da média nacional (2,8% e 2,2%, respectivamente). O desempenho do setor extrativo (6,1%) ao longo do ano, apoiado sobretudo na extração de petróleo, tem sido fundamental para o crescimento da produção industrial fluminense.
No ano, a indústria de transformação (2,5%) também está em alta, destacando-se o setor de alimentos (18,1%) que tem o impacto positivo mais importante. Os ramos de refino de petróleo e produção de álcool (5,6%), edição e impressão (8,0%) e bebidas (7,2%) também tiveram bons resultados.
Já a metalurgia básica (-7,0%) continua tendo o pior desempenho no estado.
Fonte: G1