IGP-M acelera e aponta inflação de 0,56% em segunda prévia de junho
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou inflação de 0,56% na segunda prévia de junho, segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
No mês anterior, na mesma base de comparação, a variação havia sido de 0,34%.
Os preços no atacado e na construção civil comandaram a aceleração. O IPA (Índice de Preços por Atacado) variou 0,74% na segunda medição de junho, ante 0,38%, no mesmo período de maio.
O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou acréscimo em sua taxa de variação, que se elevou de 0,70%, em maio, para 1,60%, em junho.
As maiores contribuições partiram de: soja (em grão) (0,69% para 5,58%), laranja (-19,38% para -17,13%) e arroz (em casca) (-1,96% para 2,44%). Apresentaram decréscimos em suas taxas, entre outros, os itens: bovinos (0,92% para -1,74%), tomate (8,60% para -12,40%) e suínos (6,24% para -2,92%).
Entre os Bens Intermediários, que teve sua taxa elevada de 0,85%, em maio, para 1,35%, em junho, o principal destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura. Só esse item teve a taxa acelerada de 0,61% para 1,52%.
Em sentido inverso, os Bens Finais registraram variação de -0,76%, ante -0,51%, no mês anterior, com destaque para a desaceleração do subgrupo legumes e frutas.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) passou de 0,53%, em maio, para 1,81%, em junho. A maior contribuição para o avanço partiu do índice referente à Mão-de-Obra, que saltou para 3,16%. No mês anterior, esse grupo apresentou variação de 0,65%
Consumidor
Já os preços para o consumidor retrocederam. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de -0,38%, na segunda prévia de junho, ante 0,18%, em igual período de maio. A maior contribuição para a redução da taxa partiu do grupo Alimentação, que recuou de -0,05% para -1,76%.
O movimento desta classe de despesa foi determinado pelas reduções das taxas dos itens: hortaliças e legumes (0,50% para -3,64%), frutas (-2,38% para -9,06%), carnes bovinas (1,09% para -0,51%), laticínios (0,79% para -0,20%) e adoçantes (0,51% para -2,60%).
O grupo Transportes apresentou a segunda maior contribuição. Os itens gasolina (0,57% para -0,86%) e álcool combustível (-5,87% para -10,70%) justificaram este movimento.
Fonte: Folha de São Paulo