HSBC lança planos mais agressivos
A crise financeira, que vem machucando especialmente os investidores de bolsa, não foi empecilho para a HSBC Seguros colocar em prática seu plano de ampliar o leque de alternativas de planos de previdência privada, com fundos mais agressivos. “Além de atender a uma demanda do próprio cliente, a seguradora passa a ter todas as opções de risco”, diz Renato Terzi, diretor de varejo da HSBC Seguros.
Dois dos lançamentos, um fundo composto com 35% de renda variável, batizado de Dinâmico, e outro com 49%, que ganhou o nome de Arrojado, chegam para completar as carteiras mais tradicional da HSBC. Nessa linha de produtos, o objetivo para a parcela de ações é acompanhar o índice. No segmento, a seguradora já oferecia os planos Conservador, com 100% dos recursos em renda fixa, e os compostos Moderado e Agressivo, com 10% e 25% em ações do Ibovespa, respectivamente.
Outra aposta são os planos diferenciados, com gestão mais ativa em ações. Aqui, a HSBC está lançando o Top Mais, que vai aplicar 49% da parcela de renda variável em ações das cinco empresas com maior capitalização do Ibovespa – a carteira hoje seria composta por ações da Petrobras, Vale, Itaú, Bradesco e AmBev. A estratégia de concentrar em poucos papéis foi a solução para satisfazer o cliente. A demanda, conta Terzi, era por planos nos moldes dos fundos de investimento de Petrobras e Vale.
Como a legislação limita a 20% a exposição em único papel, o jeito foi ampliar o universo para cinco empresas. Com três papéis até era possível montar um fundo, mas havia o risco de desenquadramento caso uma das ações se valorizasse muito. “Investir em ações da Petrobras e Vale para a aposentadoria faz todo sentido, já que são empresas de grande orgulho nacional.”
Na chamada linha diferenciada, a HSBC oferece há cerca de um ano os planos Valor, com 49% do patrimônio em ações do índice com grande potencial de crescimento (o gestor escolhe os papéis), e Potencial, com exposição de 49% em ações de “small caps” (empresas de menor capitalização).
Com os novos planos, que aceitam contribuições a partir de R$ 30 e têm taxa de carregamento máxima de 3%, a expectativa de Terzi é continuar com o maior crescimento do mercado. Em 2007, as contribuições somente do varejo aumentaram 54%, para R$ 1,27 bilhão, elevando as reservas para R$ 3,1 bilhões. Para 2008, a meta é bater R$ 4,3 bilhões de reservas.
Fonte: Valor