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HSBC cria nova estrutura organizacional no Brasil

São Paulo, 6 de Maio de 2008 – A transferência de Emilson Alonso do comando do HSBC Bank Brasil para a chefia das operações da instituição na América Latina promoveu uma mudança na estrutura organizacional do banco no País, que passa a ter agora o cargo de vice-presidente executivo – deputy CEO, na linguagem interna do HSBC. Paulo Maia, à frente da área de varejo, assumirá a função a partir de primeiro de junho, e terá sob sua responsabilidade as áreas de consumer finance, seguros, marketing, operações e tecnologia, além do varejo. Shaun Wallis, o novo presidente do HSBC Bank Brasil, ficará mais focado na gestão de recursos de terceiros, tesouraria, private bank, além de acumular funções na estrutura mundial de gestão do banco. Wallis, no grupo há mais de 30 anos, já está no País, mas ainda não assumiu o cargo.
Maia está no HSBC desde 1993 e ajudou a montar as operações da instituição no Brasil. O executivo, que assumirá a presidência na ausência de Wallis, disse que tem pela frente um grande desafio, já que as áreas de negócios que comandará respondem por expressiva participação nos resultados da subsidiária. “A idéia com essa estrutura é alavancar os negócios no varejo, buscando mais eficiência para disputar esse mercado, bastante competitivo aqui.” O mercado de varejo bancário é muito calcado na distribuição, na opinião de Maia. “A nova função vai permitir maior exploração da nossa marca, que é muito forte na alta renda, em toda a cadeia de distribuição; e também olhar a distribuição de forma mais integrada para aproveitar as sinergias.”
O banco tem entre 6 milhões e 7 milhões de clientes, sendo cerca de 2,7 milhões de correntistas, e uma estrutura com 933 agências, 453 pontos de atendimentos bancários, mais de 4,1 mil correspondentes, além de 245 filiais da Losango espalhadas pelo País. “Entre 40% e 45% da nossa base é de clientes vindos da folha de pagamentos. Temos muitos clientes monoprodutos (que só têm cartão de crédito, por exemplo) e consideramos que aí temos um grande potencial para fazer oferta diferenciada de bancos a esses clientes.”
Aproveitar essa rede para expandir as vendas e crescer nas áreas de financiamento de veículos e de crédito imobiliário, por exemplo, está nos planos do executivo. “São mercados com grande potencial.
O crédito imobiliário para pessoa física ainda tem muito espaço para crescer no Brasil e na carteira dos bancos, onde representa ainda um percentual muito pequeno.” No financiamento a veículos, Maia disse que a empresa tem expressiva colocação, com 8,5% do total do mercado, entre crédito direto ao consumidor e leasing.
Segundo Maia, já está em curso um plano de investimento na expansão do número de agências. Até agosto, o banco espera chegar a 98 “premier centers” – serviço que oferece atendimento personalizado também no exterior – em comparação aos 33 atuais. “Esses espaços ganham cada vez mais importância à medida que a classe média viaja mais, tem filhos estudando no exterior, e na medida que também cresce o número de expatriados.”
Hoje, o banco presta esse tipo de serviço em 37 dos 83 países aonde atua. Esses espaços podem estar inseridos nas agências comuns ou serem independentes. Atualmente, o HSBC tem conquistado em média 500 mil correntistas por ano, mas fideliza aproximadamente 150 mil. “Queremos ampliar esse líquido e já estamos conseguindo.
Em alta renda, somente no premier estamos entre 25 mil e 30 mil novos clientes líquidos por ano. Esperamos 40 mil.”
Ao menos mais 40 novas agências estão no novo planejamento, disse Maia, informando que a previsão é instalá-las em mercados seletivos, particularmente, nas regiões Centro-Norte e Sul. “Esse número pode incluir realocação de alguma agência existente, já que estamos buscando oportunidades de melhorar a eficiência.” Conforme o executivo, somente com a abertura das agências e dos premier centers o investimento se aproxima dos R$ 100 milhões.
Canais diretos
O HSBC quer ainda ampliar a atuação na área de canais diretos (internet, atendimento por telefone e caixas automáticos), que hoje representam mais ou menos 20% do negócio. A idéia é chegar a 50% até meados do ano que vem, disse Maia. Para isso, até metade do ano no banco pretende lançar um pacote para clientes que só tenham interesse em transacionar nos canais diretos. “Fizemos uma pesquisa e identificamos o perfil desse cliente, que tem renda entre R$ 3 mil e R$ 7 mil mensais”, afirmou Maia. O principal diferencial desse pacote serão as condições mais vantajosas, já que o custo dessa base de prestação de serviços é menor.
Maia trabalhou na sede do grupo em Londres e retornou ao Brasil durante a incorporação do Bamerindus pelo HSBC, em 1997.

Fonte: Gazeta Mercantil

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