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Governo recomenda dieta com mais alimentos naturais e caseiros

No Brasil, análises feitas pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, do qual Carlos Monteiro é coordenador, mostraram que um quinto da população do país mantém hábitos alimentares tradicionais — é a porção que exibe a dieta mais equilibrada, próxima à ideal, e é mais saudável. “O paladar brasileiro tem respostas nutricionais excelentes para a dieta: acompanhamos o arroz sempre com feijão, porque assim balanceamos os carboidratos de maneira saudável”, afirmou Monteiro. O novo Guia, no entanto, recomenda o uso moderado de óleo e outras gorduras, sal e açúcar na hora de temperar e cozinhar os alimentos. 
Hábitos — Outra preocupação do Guia é incentivar hábitos como comer em horários regulares, em ambientes apropriados e, sempre que possível, na companhia de outra pessoa. Essas são formas de desestimular o consumo de alimentos ultraprocessados, apontados por diversas pesquisas recentes como um dos causadores das taxas elevadas de sobrepeso em todo o mundo.
“Nossos genes foram selecionados para compreender e aproveitar a comida tradicional. No entanto, quando começo a substituí-la por produtos com aroma, sabor e consistência idênticos a de verdade, o organismo fica confuso e não consegue aproveitar seus nutrientes. A fibra de um biscoito enriquecido não tem o mesmo efeito no organismo que o nutriente presente em uma fruta”, disse Monteiro. 
A versão impressa do Guia será distribuída nas unidades de saúde de todo o país, e a digital estará disponível no site do Ministério da Saúde.
O Guia, que não era atualizado desde 2006, muda a concepção de que é preciso trabalhar com grupos alimentares específicos e porções previamente recomendadas. A meta é de sobrepor o prazer de comer às contas nutricionais, dando preferência ao consumo de pratos caseiros, como arroz e feijão, e limitando produtos como barrinhas de cereais ou whey protein.  
“Usamos uma metodologia inovadora, baseada em décadas de pesquisas e chegamos a uma fórmula simples: faça dos alimentos a base de suas refeições e use produtos industrializados eventualmente. Dessa forma, é possível atingir o bem-estar físico e emocional que a comida proporciona”, disse, em entrevista concedida ao site de VEJA em agosto, o médico Carlos Monteiro, um dos responsáveis pela proposta do novo Guia. “Contar calorias é absurdo.”

Fonte: http://veja.abril.com.br/

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