Governo conta com a ajuda da política monetária
Com a inflação sob controle e com o avanço da reforma da Previdência aparentemente garantido no Congresso Nacional, crescem as expectativas de que o Copom comece a reduzir a taxa básica de juros.
Os membros do Comitê de Política Monetária se reúnem a partir de amanhã e analisam o cenário interno e externo para determinar a taxa Selic dos próximos 45 dias.
A ajuda da política monetária para impulsionar o crescimento econômico por meio do barateamento das linhas de crédito não pode ser apontada como decisiva para uma retomada do PIB.
A redução da taxa básica de juros, porém, sinalizaria que a equipe econômica está usando os instrumentos que têm à mão para tentar reativar a economia.
Hoje, a taxa Selic está em 6,5% e o mercado tem apostado que até o final do ano os juros podem cair até um ponto percentual.
Nos últimos comunicados, o BC apontava dúvidas sobre o cenário externo e a aprovação da reforma da Previdência como obstáculos para uma mudança na política monetária.
O cenário externo ainda continua incerto, com o FMI reduzindo as estimativas de crescimento em todo o mundo, em especial dos países emergentes; com atritos comerciais entre Estados Unidos e China ainda sem solução; e com a forte tensão entre Irã e países da Europa e os EUA.
Já a reformulação das aposentadorias, ao que tudo indica, deve ser aprovada nos próximos meses pelo Congresso.
Uma outra bússola que será analisada pelo Copom é a decisão do Banco Central norte-americano, que decide na quarta-feira a sua taxa básica de juros. O movimento do FED pode influenciar a decisão por aqui.
Fonte: NULL