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Garantir a educação custa pouco

Preço da apólice varia entre 1% e 2% da mensalidade para risco de morte e desemprego. Nesta época de matrícula escolar, o peso da educação do filho no orçamento familiar se torna evidente. Além do custo, há a preocupação de garantir a educação mesmo diante de perdas, sejam elas desemprego, acidentes e até mesmo a morte. Apesar da importância do assunto, o seguro educacional tem passado despercebido pelos pais e pelas instituições de ensino. O preço do seguro educacional varia entre 1% e 2% sobre o custo mensal desde a pré-escola até a universidade.
Segundo Edson Franco, diretor presidente da Real Tokio Marine Vida e Previdência, o preço do seguro é calculado de acordo com a série em que o aluno se encontra e com a faixa etária do responsável financeiro.
Além disso, o número de segurados na apólice e se a oferta pela escola é de forma facultativa ou compulsória, terá um peso significativo no preço final do seguro. “Se todos fizerem, ficará mais barato, pois quanto mais gente tiver no contrato, mais a seguradora dilui o seu risco e reduz o preço”, explicou Eugênio Velasques, diretor da Vida e Previdência, , que só trabalha com instituições que ofereçam o seguro de forma compulsória.
O Colégio Santa Maria, de São Paulo, oferece aos pais de seus alunos uma apólice completa, garantida pela Itaú. Segundo Maria Dulce dos Santos Pereira, apoio administrativo da escola, informou que a escola optou por colocar o custo do seguro na mensalidade escolar, para baratear o preço para os pais. Por R$ 13 mensais ou 1,54% da mensalidade, os pais tem a garantia de que seus filhos continuarão a estudar até o fim do ciclo escolar, em caso de morte e invalidez.
“Temos 14 mensalidades garantidas, incluindo a matrícula e uma para gastos com a compra de material escolar”, contou. Se o problema for o desemprego, quatro mensalidades serão garantidas pela seguradora.
Mas mesmo ofertado de forma facultativa, o preço compensa a tranqüilidade de saber que a educação do filho está garantida. O Colégio Guilherme Dumont Villares, de São Paulo, optou por ofertar o seguro de forma facultativa.
Segundo Sebastião Vilaça, da Kell Marcomi & Vilaça Administradora e Corretora de Seguro, responsável pelos seguros do Dumont Villares, que tem mais de 1 mil alunos, há uma adesão de 40% dos pais.
Uma criança na pré-escola, com mensalidade em torno de R$ 700, o preço anual do seguro seria de R$ 260. Já um aluno no ensino médio, entre a 1ª e 3ª séries, com mensalidade de R$ 930, o seguro sai por R$ 140 por ano. “Trabalhamos com a Porto Seguro e com pagamento em quatro cheques, o que funciona muito bem na escola”, disse.
Dez seguradoras atuam neste nicho, segundo dados da Susep. Os prêmios são insignificantes. Entre janeiro e setembro deste ano as vendas somaram R$ 11,5 milhões, abaixo dos R$ 16,4 milhões do mesmo período do ano passado. “O mercado não deu foco para este produto, que é muito importante para todos na cadeia: alunos, pais, escolas e seguradoras”, disse Osvaldo do Nascimento, responsável por seguros e previdência no Itaú.
O segmento saiu da pauta das seguradoras em razão do desequilíbrio entre receita e despesas, com sinistralidade de 86% até setembro. “É um contrato que precisa de adesão acima de 50% dos pais do aluno para ser acessível para todos”, explicou Álvaro Dabus, diretor comercial da AD Corretora de Seguros, que tem entre seus clientes o Colégio Porto Seguro, de São Paulo.
Segundo Jorge Martinez, diretor operacional da Indiana, o seguro pode ser contratado individualmente, caso a escola não ofereça. No entanto, o custo pode ser quase o dobro do que o ofertado em uma apólice coletiva na escola. A Porto Seguro também oferece o produto de forma individual.

Fonte: CQCS

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