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G20 – Um novo ambiente

Graças a motivações diversas, os Estados Unidos e Alemanha, de lado, e o Brasil, de outro, estão propondo ao mundo o desmonte do grupo G-8 e a sua substituição pelo G20, no qual se reforçará a presença nas discussões globais com a chegada dos países emergentes,o Brasil, é claro, dentre eles.
Havia e ainda há os seguintes agrupamentos de países com vista ao trato dos problemas de ordem global:o G-5, compreendendo a África do Sul, Brasil, China, a Índia e o México: OG-8, pela França, os Estados Unidos,a Grã Bretanha,a Alemanha, a Itália,a China,o Canadá e ainda a Rússia, considerados grandes potências econômicas e, finalmente,oG20, que é asomadas nações tradicionalmente integrantes destes dois primeiros agrupamentos, a que se juntarão outros países até formarem20 ao todo.
Chegou-se no mundo ao concenso de que o G-8 já não exprimia “a vontade” dos países de economia mais pujante, já não era de tal maneira representativo que pudesse inclusive, prepararem bloco alterações da Carta das Nações Unidas.
Muito da discussão sobre a igualmente necessária alteração na estrutura do Conselho de Segurança do órgão mundial bem que poderia começar no próximo G-20 com força e habilidade suficientes para proposituras desse jaez e dessa magnitude.
Como o Brasil se lançou de corpo e alma na questão do trânsitodoG-8 para G-20, pode se dizer, sem receio, que a aceitação da tese confere ao Brasil, como seu principal animador, um papel de realce, cujos frutos serão os bons dividendos políticos que se anunciam.
O fato de o Brasil sentar-se no banco da frente e, não, como “reserva” na assembleia do G-8 não é pois desprezível. Trata-se de uma inserção que se faz há muitos e muitos anos de trabalho diuturno de uma diplomacia que, por ter passado por centenários aprendizados desde o tempo de Rio-Branco, hoje adquiriu a devida maturidade para lidar com os grandes do mundo.
Rezam os jornais, por sinal, que a última reunião do G-8, na Itália, a qual se efetua presentemente,éato preparatório para o encontro preliminar do G-20 também da Itália, esta semana, que se preocupará com a organização da primeira plenária oficial do referido grupo, que se celebrará mais adiante, este ano, nos Estados Unidos. Aí, sim, o serviço que a diplomacia brasileira prestou ao mundo estará à mostra com toda a sua exuberância.
Com muito acerto, deu-se o consenso de que a transição do G-8 para o G-20 venha a dar-se de maneira “suave e elegante” como gostam de acentuar os franceses. Por sinal que a fórmula encontrada foi fazerem um artigo conjunto os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Nicolàs Sarkozy, da França, para que o mundo saiba que tudo está sendo providenciado no melhor dos consensos entre os grandes da economia planetária. O alvo principal dessas blandícias é ninguém menos que o primeiro ministro Sílvio Berlusconi, que a imprensa vinha apontando como um dos líderes que poderiam resistir a tais mudanças.
O artigo de Luiz Inácio Lula da SilvaeNicolàs Sarcoky terá, é claro, em poucos dias, a competente e respectiva publicação.
É imaginável que no novo ambiente de trabalho os administradores do mundo possam doravante trabalhar mais seguros os assuntos da atualidade:acrise que assola a economia de todos, a segurança alimentar, as mudanças climáticas, a retomada da reunião de Dohae mesmo as modificações na estrutura do Conselho de Segurança, a fim de que nele se incluam países como o Brasil, o Japão e a Alemanha.

Fonte: Diário de Pernambuco

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