Fusões e aquisições crescem 81,9% e BTG lidera as operações
O banco BTG Pactual manteve a posição de liderança no ranking de Fusões e Aquisições da Thomson Reuters pelo terceiro trimestre consecutivo. De janeiro a setembro de 2010, as 40 operações com participação do banco movimentaram US$ 28,9 bilhões, atingindo 32,7% de market share no segmento. No período, os anúncios de fusões e aquisições no Brasil – incluindo as transações sem assessoria financeira de bancos de investimento – movimentaram US$ 88,8 bilhões, o que representa um crescimento de 81,9% ante igual período do ano passado.
O BTG Pactual foi responsável pelas principais transações ocorridas nos nove primeiros meses do ano. Entre os destaques estão as operações de fusão de TAM e Lan Chile, no valor de US$ 12 bilhões, Oi e Portugal Telecom, no montante de R$ 8,4 bilhões, e a conclusão da joint venture entre Cosan e Shell, que movimentou US$ 12,3 bilhões, além da combinação de ativos no setor de seguros entre Banco do Brasil e Mapfre, no valor de R$ 9,8 bilhões.
De acordo com Marco Gonçalves, sócio e head da área de M&A do BTG Pactual, os resultados reafirmam o movimento de consolidação das empresas brasileiras. “O Brasil é rota de crescimento na América Latina. Qualquer setor que passe por um processo de consolidação em outros países da região, passará primeiro pelo País”, afirma o executivo.
Segundo o levantamento, tiveram destaque os setores de matérias-primas (25%), energia (19%) e telecomunicações, que representou 17% das operações durante o período. Gonçalves avalia ainda que os segmentos de consumo, serviços, commodities e infraestrutura deverão ganhar destaque no último trimestre de 2010.
Entre os mercados emergentes, o Brasil ficou em posição de destaque, ao lado de China e México. As fusões e aquisições anunciadas em países em desenvolvimento totalizaram US$ 480,7 bilhões de janeiro a setembro, aumento de 63% em relação a igual período de 2009, indica o levantamento. A cifra representa mais de um quarto das operações globais do período. Para especialistas, o movimento reflete um cenário positivo, incluindo a perspectiva de crescimento da economia brasileira acima da média internacional por vários anos e o movimento de consolidação em vários setores, como varejo, petróleo e gás e açúcar e álcool.
Fonte: DCI OnLine