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Fundos e previdência são opções pouco citadas

Até sobra mais dinheiro na carteira do brasileiro. Os que afirmam não restar recursos depois de cobertas as despesas essenciais caíram de 21% no primeiro trimestre de 2011 para 13% no último, segundo pesquisa da consultoria Nielsen. A questão é o destino dado a ele. Apesar de estar abaixo do entretenimento e do pagamento de dívidas, a poupança até tem uma honrosa terceira posição. Já os investimentos em ações, fundos e previdência privada figuram no fim da lista.
Colocar o dinheiro excedente na poupança foi uma opção apontada por 32% dos brasileiros no quarto trimestre, em uma evolução ante os 29% do começo do ano. Já alocar os recursos em ações e fundos de investimento é considerada uma opção por somente 5% deles e a previdência privada por 3%. Os índices eram superiores no primeiro trimestre, de 9% e 5% respectivamente.
Isso mostra um nível baixo de conhecimento do consumidor em relação aos investimentos e é também um reflexo do que aconteceu com a bolsa em 2011, diz Claudio Czarnobai, analista de mercado da Nielsen, em referência à queda de 18,11% registrada pelo Ibovespa no ano passado.
As opções de investir e fazer previdência privada aparecem na escala de prioridade dos brasileiros abaixo de comprar roupas novas ou produtos com novas tecnologias. Também estão atrás de reformas e mudanças na decoração da casa, assim como viagens de férias.
A prioridade ao consumo não afeta a percepção dos brasileiros sobre as finanças pessoais. Segundo a Nielsen, 80% dos entrevistados acreditam que sua situação financeira estará excelente ou boa nos próximos doze meses. O percentual evoluiu positivamente com relação ao primeiro trimestre do ano, quando era de 56%. A América Latina fechou o ano com média de 66%.
A pesquisa da Nielsen está em linha com um relatório divulgado pelo Credit Suisse no mês passado em que os consumidores brasileiros são comparados com os de países emergentes. O capítulo dedicado ao Brasil recebeu o título Vivendo para o presente, em tradução livre. De acordo com o texto, o momento de crescimento da renda dá suporte a um nível de gasto discricionário, sem limites, como foi no ano passado. Os brasileiros tipicamente gastam, não poupam. Segundo o estudo, apenas 7% da renda das famílias brasileiras viram poupança. (LS)

Fonte: Valor

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