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Fundos de pensão recuperam ritmo de crescimento em 2012

Patrimônio das entidades fechadas de previdência complementar representou 15,2% do Produto Interno Bruto, no ano passado
SÃO PAULO
O patrimônio líquido das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) alcançou R$ 641,725 bilhões no exercício de 2012, um crescimento anual de 11,85%, ante os avanços anteriores de 6,55% em 2011 e de 9,4% em 2010.
“O setor está maduro e saudável. Os estoques anteriores de títulos públicos pagam bem mais que as metas atuais em torno de 5,5% ao ano mais a inflação”, diz o diretor-executivo da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luís Paulo Brasizza.
Mas na persistência do cenário de juros baixos, o diretor acredita que mais entidades terão que reduzir suas metas atuariais nos próximos anos. “A curva de juros é decrescente e a maior parte dos investimentos está concentrada em renda fixa, haverá a necessidade de diversificação e de melhorar a capacidade de análise de risco de outros ativos”, aponta.
Brasizza identifica que as fundações deverão buscar ainda em 2013, oportunidades em fundos de ações não correlacionados ao Ibovespa e ao Ibrx-50. “Os investimentos estruturados em operações de infraestrutura ou imobiliários também serão alternativas, mas exigiram trabalho de análise e de adequação aos prazos de retorno”, diz.
Quanto ao longo prazo, o diretor da Abrapp vê a possibilidade das entidades realizarem parcerias para gerir fundos de investimentos com ativos no exterior. “Fundos baseados no Brasil, com no mínimo 4 entidades dividindo uma carteira com ativos internacionais, e obedecendo o limite de 25% da legislação”, exemplificou. Em dezembro passado, o investimento no exterior representava apenas R$ 380 milhões ou 0,1% dos ativos, sendo R$ 348 milhões em títulos de dívida internacional e R$ 32 milhões em ações de companhias estrangeiras.
Na realidade apresentada no balanço de 2012 do setor, do total de R$ 641,725 bilhões de patrimônio das entidades de previdência fechada, 61,7% estão renda fixa, sendo R$ 264,575 bilhões em fundos de investimentos em renda fixa (41,2%), R$ 98,639 bilhões diretamente em títulos públicos federais (15,4%) e R$ 32,619 bilhões em crédito privado e certificados de depósitos (5,1%).
“Os títulos vinculados à inflação (NTN-Bs) tiveram excelente retorno no ano passado. Mas nesse primeiro trimestre de 2013 passamos por um momento de ajuste e uma volatilidade muito grande nesses papéis”, avaliou o diretor, referindo-se aos papéis que pagam juros reais mais a inflação oficial do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No setor, a renda variável representa 28,6% do patrimônio ou R$ 183,621 bilhões, mas puxada por participações relevantes das três maiores entidades dos funcionários – do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef). A participação direta em ações – predominante entre as grandes – é de R$ 89,404 bilhões (13,9%) enquanto a participação via fundos de investimentos em ações é de R$ 94,217 bilhões (14,7%), alternativa utilizada pelas entidades médias e menores.
O investimento em imóveis representa 4% do total ou R$ 25,811 bilhões. As operações estruturadas somaram 2,7% dos ativos ou R$ 17,282 bilhões, distribuídos em R$ 15,016 bilhões em fundos de participações societárias, R$ 1,908 bilhão em fundos imobiliários e R$ 359 milhões nas carteiras de empresas emergentes. Já as operações com participantes cresceram 9,7% no ano passado, para R$ 16,352 bilhões em 2012.

Fonte: DCI OnLine

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