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Frota de SP terá 80 helicópteros a mais até 2010

A cidade de São Paulo deve ganhar pelo menos 80 helicópteros no ar até 2010 – um aumento de 17% na frota. A estimativa é do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que ontem emitiu 49 recomendações aos órgãos e empresas ligados à aviação civil no País, para se preparar para o aumento no fluxo de helicópteros e de pequenas aeronaves na área de Controle de São Paulo. A expectativa é de que 500 aviões executivos cheguem ao Brasil até 2010.
“Temos uma frase que é: não deixe o avião chegar aonde sua mente não chegou cinco minutos antes. É o que estamos fazendo”, disse o chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersul Filho. Apenas 20 das propostas foram apresentadas à imprensa. Nove são relativas à fiscalização e às melhorias no tráfego de helicópteros. Umas delas é mudar as rotas para áreas onde haja menos edificações e o ruído tenha menor impacto.
Hoje, a capital tem 470 helicópteros em circulação, o dobro de Nova York, onde há 200. E a previsão de crescimento não preocupa só pela segurança de vôo, mas pelo barulho. “O movimento começa por volta das 6h30 e só diminui após as 21 horas”, afirma o assistente de fotografia Alexandre Consoleto. Morador da Vila Romana, na zona oeste, ele pensou que teria sossego a partir de outubro, quando o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) fez pacto com a Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe) para que o corredor que passa sobre a Lapa fosse abandonado. O acordo deveria funcionar enquanto a extinção do corredor e outras mudanças não fossem oficializadas pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA). “O fato é que ainda não foi normatizado. E tem piloto que, enquanto não vir no papel que o corredor não existe, não vai parar de usar”, justifica o presidente da Abraphe, Cleber Mansur. As alterações foram encaminhadas ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e estão em análise.
SEGURANÇA
Outra recomendação do Cenipa é para que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estude a instalação de dispositivo anticolisão (Tcas) nas aeronaves que voam na Área de Controle de São Paulo. Segundo Kersul, a adoção do Tcas, seguida da notificação de situações de risco, pode ajudar a encontrar pontos de saída em meio ao grande fluxo de aviões. Após cruzar as informações, o Cenipa poderia distribuir o movimento. O Tcas alerta a tripulação das aeronaves sempre que uma está a menos de 10 quilômetros de outra, possibilitando que se afastem.
Mas o presidente da Abraphe explica que, no caso de helicópteros, a obrigatoriedade da instalação do dispositivo é polêmica. “Em alguns modelos, o valor do Tcas é metade do preço do aparelho.” Não existe estimativa de quantas aeronaves não possuem o alerta. Tais situações eram freqüentes na região de Congonhas, em que aviões e helicópteros dividem o espaço aéreo. Em 2003, foram registradas 79 situações de risco. Com a criação do controle de helicópteros na área de aproximação, em 2004, os riscos diminuíram: em 2007, o SRPV-SP registrou dez situações com aeronaves próximas.

Fonte: O Estado de São Paulo

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