Fórum de seguros debate as mudanças climáticas
A sustentabilidade e as mudanças climáticas foram tema do Fórum Internacional de Seguros, promovido pela Allianz Seguros, em parceria com a WWF, ontem, em São Paulo. As variações climáticas, com impacto no mercado segurador, preocupam e obrigam empresas a se posicionarem sobre o tema. A Allianz entra na discussão e incentiva ações de desenvolvimento sustentáveis e práticas socialmente responsáveis por órgãos públicos e privados.
´É um tema controverso, precisamos discutí-lo e conscientizar a população, instituições e empresas para a questão climática e suas conseqüências´, salientou o presidente da Allianz Seguros, Max Thiermann. A intenção, segundo ele, é não perder mercado e aumentar a participação da empresa no segmento segurador.
Em 2007, o faturamento do segmento foi de R$ 75,5 bilhões, atingindo 3,17% do Produto Interno Bruto (PIB). O diretor de produtos da Allianz, Arlindo Simões, diz que a a participação é pequena e que ainda pode crescer. ´Na década passada a participação do seguro no PIB era de 1% e hoje é de 3,17%. Isso elevou a posição brasileira no mercado mundial de seguros para 19ª colocação, média de crescimento três vezes maior que a mundial´, afirma Simões. Segundo ele, este é um indicativo de que a curto prazo o país chegará próximo aos negócios registrados pelos países desenvolvidos.
As estimativas dele, levando em conta dados da Superintendência dos Seguros Privados (Susep), para esse ano indicam crescimento entre 17% e 20%. Os principais ramos são seguros de vida (42%), automóvel (20%) e saúde (15%). A participação por estado em seguro Não-Vida e Sem Saúde é a seguinte: São Paulo (45,80%), Rio de Janeiro (11,56%), Minas Gerais (7%) e Rio Grande do Sul (6,48%). Segundo Simões, a Allianz é a oitava colocada no ranking nacional do segmento Não-Vida, mas é a primeira no ramo Empresarial e a segunda no segmento de Transporte e Engenharia.
No RS, a empresa quer ampliar sua participação. A empresa é a sexta no ranking gaúcho, com 6,5% do mercado. Entre as carteiras que mais se destacaram estão a de Grandes Riscos, com 255% de alta (mercado 81,3%) e de Transporte, com 51,6% (mercado 29,6%). No segmento de Riscos de Engenharia, a Allianz é líder, detendo 36,7% do mercado local, segundo Thirmann. O executivo não estima percentuais, mas acredita que há mercado para o crescimento da empresa no Sul.
Fonte: Correio do Povo – RS