Fnac e Fast Shop duelam para ter a primeira loja Apple
A Fnac e a Fast Shop deflagraram uma guerra na mídia em torno da Apple. Ambas anunciaram que abrirão a primeira loja exclusiva da prestigiada marca americana no Brasil. Nenhuma delas, no entanto, será uma legítima Apple Store, semelhante às modernas lojas que existem em Nova York ou em outras metrópoles no mundo, informa a assessoria de imprensa da multinacional em São Paulo, embora utilizem formatos licenciados pela fabricante americana. Para a infelicidade dos “applemaníacos”, não há ainda uma previsão para a abertura de unidade deste tipo no mercado brasileiro.
A Fnac abrirá no Barra Shopping, no Rio de Janeiro, a primeira Apple Shop brasileira, ou um espaço exclusivo da Apple dentro de sua loja. No setor, esse modelo de negócio é chamado de “store in store” (loja dentro da loja). Segundo Pierre Courty, presidente da Fnac no Brasil, a varejista francesa possui Apple Shops em outros países, como nas lojas de Paris e Madri, e são grandes as chances que este formato seja levado para outras unidades da rede no Brasil.
A Apple Shop no Barra Shopping, que será inaugurada na quinta-feira, terá 80 metros quadrados e foi inteiramente projetada pela multinacional, acrescenta Courty. Para montar o espaço, uma equipe de nove pessoas foi enviada pela Apple da Califórnia para o Brasil. Também foram trazidos dos EUA todos os móveis, equipamentos e até o carpete com o logotipo oficial.
A Fast Shop abrirá no shopping Iguatemi, em São Paulo, a primeira Apple Premium Reseller (APR). Trata-se de outro tipo de licença de uso da marca concedido pela multinacional americana, esclarece a assessoria da empresa. Neste caso, a loja é especializada em produtos Apple, mas não é exatamente uma loja-conceito, nos moldes das lojas próprias do grupo.
Apesar de pertencer à Fast Shop, a unidade do Iguatemi, que será aberta nos próximos dias, terá outro nome. O grupo criou a marca A2YOU, que quer dizer “Apple para Você”.
A Apple Store sempre foi cobiçada pelos grandes operadores brasileiros de varejo. Carlos Jereissati, principal executivo do grupo Iguatemi, já chegou a anunciar que seria o primeiro a ter a loja da marca no país. De certa forma, conseguiu, mas não será o único e nem terá uma Apple Store de verdade.
Para a Apple, tanto o modelo da Fnac quanto a proposta da Fast Shop irão permitir uma maior aproximação com o consumidor brasileiro, que não tem sido, nos últimos tempos, uma prioridade para a multinacional.
“Desde que a Fnac chegou ao Brasil, em 1999, nós sempre formos o maior revendedor de produtos da Apple no país”, disse Courty. A Fnac programa abrir Apple Shops nas suas três unidade em São Paulo e outra na nova loja de Porto Alegre, que será inaugurada em um shopping que a Multiplan está construindo na capital.
Enquanto elogia a Apple, Courty critica a Sony, que está investindo em sua própria rede de lojas no mundo. A primeira Sony Style brasileira será inaugurada no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. “É complicado quando uma marca com a qual temos uma parceria decide trabalhar sozinha”, diz o presidente da Fnac
Fonte: Valor