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FGV vê queda de 3,8% no PIB de 2015

A economia brasileira sofreu uma contração de 3,8% em 2015, segundo estima a Fundação Getulio Vargas (FGV). A previsão é mais otimista que a do Banco Central, que apontou queda de 4,08% no Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado.

O resultado oficial do PIB será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de março. Se as estimativas forem confirmadas, será a primeira retração da economia brasileira em seis anos e, também, o maior “encolhimento” do PIB desde 1990 – quando houve uma queda de 4,35%.

Segundo a FGV, o ano passado “foi marcado pela contínua e intensa deterioração da atividade econômica”. A entidade indica que a indústria teve queda de 6,6% no ano, enquanto os serviços recuaram 2,5%, e que “No momento, não há qualquer indicação de reversão nesse quadro”.
 
Queda desde março de 2014
A entidade aponta que a taxa de crescimento da economia brasileira vem se reduzindo desde março de 2014, tendo se tornado negativa a partir de janeiro do ano passado. Em dezembro, a queda foi de 5,9% frente ao mesmo mês do ano anterior – a maior desde 2000 nesse tipo de comparação.

Nos últimos três meses do ano, a FGV estima que o PIB tenha sofrido uma queda de 5,6% na comparação como mesmo período de 2014, e de 1,2% frente aos três meses anteriores – no quarto trimestre seguido de contração no PIB nessa comparação.

Oferta e demanda
Das 12 atividades que compõem o PIB, sete apresentaram retração no ano de 2015, com destaque para as indústrias de transformação (-9,7%) e construção (-8,9%), e para os serviços de comércio (-8,7%) e transporte (-6,3%).

A indústria extrativa mineral com crescimento de 4,7% e a agropecuária com 1,5% são os destaques positivos entre as atividades.

Pelo lado da demanda, o investimento liderou o processo recessivo, e terminou 2015 com queda de 14,7% em comparação com o ano anterior. O consumo das famílias, por sua vez, “encolheu” 3,5%. O comércio exterior foi a nota positiva, com as exportações crescendo 5,7%, enquanto as importações caíram 14,5%.

Fonte: G1

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