FenaSaúde projeta crescimento de 3% em 2014 para o setor e aposta no diálogo com o Governo
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) tem expectativa de que o setor encerre 2014 com crescimento de 3% no número de beneficiários de planos e seguros de saúde, atingindo perto de 72,2 milhões de vidas. A projeção – resultado de análise feita pela Federação sobre números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – é inferior ao observado em 2013, quando o segmento registrou alta de 4,6%. No entanto, mesmo diante de cenário econômico adverso, com retração em diversos indicadores, a FenaSaúde considera que este mercado se comportou positivamente, mantendo tendência de expansão ano após ano.
A entidade também traçou as expectativas e os desafios do setor de Saúde Suplementar para 2015. Segundo a Federação, o rumo da política econômica do novo mandato de Dilma Rousseff pode fazer com que o mercado mantenha o ritmo de expansão apresentado em 2014, variando entre 2,7% a 3,3%. De acordo com Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde, é importante que o Executivo volte suas atenções para desafios que são de interesse de toda a sociedade. “Elencamos como prioridades: diálogo do Governo com o segmento de Saúde Suplementar; ações para conter a escalada de custos médicos à população; edição de medidas para transparência na comercialização de insumos e materiais de alto custo, inclusive OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais); além da adoção de critérios técnicos de custo-efetividade, custo-utilidade e custo-benefício na avaliação da incorporação de novas tecnologias ao Rol da ANS”, afirma Coriolano.
O aumento dos custos assistenciais é preocupante. De 2007 a 2013, as receitas do setor cresceram 108,3%. Já as despesas assistenciais, no mesmo período, subiram 119,6%. Segundo análise da Federação, o aumento de beneficiários e o IPCA acumulados no período somaram 79,6%. A FenaSaúde também levantou a evolução do gasto médio per capita com consultas e internações. De 2008 a 2013, a variação do custo com pagamentos de consultas foi de 43,2%. Já com internações, a evolução registrou 95,8%. No período, o IPCA acumulado foi de 31,3%.
Um dado importante é a qualificação contínua do setor. Em novembro, a ANS divulgou o 11º Ciclo de Monitoramento da Garantia de Atendimento. O indicador mostrou redução de 40% no número de reclamações em comparação ao ciclo anterior, divulgado em agosto. No mesmo mês, a Agência apresentou o Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar (IDSS), que registrou aumento de cinco pontos percentuais no total de operadoras médico-hospitalares classificadas como boas e muito boas em relação à avaliação anterior, representando 66,7%. A proporção de beneficiários cobertos por planos destes tipos de operadoras totalizou 82,5%, incremento de 19,6 pontos percentuais, diante do estudo divulgado em 2013.
“A Saúde Suplementar tem passado por um processo de melhora contínua. Prova disso são os indicadores divulgados pela ANS. Para as associadas à FenaSaúde, a regulação é importante para a organização do mercado, mantendo a operação das organizações que têm capacidade de prestar atendimento adequado e que primam pela qualidade”, ressalta Coriolano.
Segundo a Federação, o acesso à informação também é um importante aliado das operadoras e dos beneficiários de planos e seguros de saúde. Neste ano, a entidade lançou duas publicações gratuitas: o Guia do Consumidor e o Guia da Gestante. Os materiais trazem informações que esclarecem pontos importantes do atendimento privado. Por meio da plataforma online Plano de Saúde – O que Saber, que inclui hotsite e página no Facebook, a FenaSaúde divulga conteúdo sobre regulação, prevenção da saúde, além de orientar o consumidor e tirar dúvidas sobre planos de saúde.
Sobre a representatividade da FenaSaúde:
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) representa 27 operadoras líderes no mercado de planos e seguros de saúde, organizações exemplares nas melhores práticas do setor. As associadas, distribuídas por 17 grupos econômicos, correspondem a 41,5% do mercado de assistência à saúde em número de beneficiários. A preocupação com a qualidade de atendimento e gestão técnica é central para as afiliadas à FenaSaúde. É justamente essa atenção que as diferencia em um mercado que tem mais de 1.200 operadoras ativas. As empresas que operam no mercado brasileiro diferem segundo sua natureza jurídica, tamanho e abrangência geográfica, tempo de constituição, tradição no setor, práticas assistenciais, governança, solvência e solidez.
A FenaSaúde tem identidade e programa próprios, representando um conjunto de operadoras – seguradoras de saúde, medicinas de grupo e operadoras odontológicas aderentes aos princípios da Federação – já consolidadas no mercado de Saúde Suplementar, que compartilham o ideário de permanente diálogo, troca de experiências e contribuições para a adequada regulamentação do Governo Federal e para o alcance das melhores práticas setoriais.
As manifestações públicas da FenaSaúde representam tão somente o entendimento e os propósitos do conjunto de suas associadas, não comprometendo e não se confundindo com entendimentos e interesses particulares de outras entidades representativas de operadoras da Saúde Suplementar, sejam elas a Abramge (medicinas de grupo), Unidas (autogestões), Unimed (cooperativas médicas) e Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas – CMB (entidades filantrópicas).
No entanto, quando aplicável e expressamente comunicado, a FenaSaúde pode, autorizada por suas associadas, alinhar manifestações públicas com as demais entidades representativas de operadoras da Saúde Suplementar, sempre com o objetivo do alcance das melhores práticas e de fortalecer a qualidade de atendimento ao consumidor.
Fonte: Seguros em Dia