Fazenda vê prazo curto para privatizar Eletrobras
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta quinta-feira (21), em Washington, que há possibilidade de o governo não conseguir privatizar a Eletrobras ainda em 2018.
A desestatização da empresa é uma prioridade do governo Michel Temer e pode gerar uma arrecadação extra de R$ 12,2 bilhões à União.
O cronograma inicial prevê a conclusão do processo até este mês. Mas, para que a privatização saia do papel, é preciso a aprovação de um projeto de lei pelo Congresso Nacional.
O governo enviou o texto à Câmara dos Deputados no início do ano, mas desde maio, a comissão especial que analisa a proposta não se reúne.
“Os prazos estão mais curtos para fazer uma operação [de privatização da Eletrobras] este ano. (…) Existe, sim, a possibilidade de não ocorrer neste ano, disse Guardia após cumprir uma agenda de reuniões em Washington (EUA).
Segundo Guardia, outro fator que dificulta a privatização da Eletrobras é o processo de venda de seis distribuidoras de energia elétrica vinculadas à estatal, que têm acumulado prejuízos.
Na semana passada, o governo publicou o edital de leilão das empresas. E aguarda a aprovação pelo Congresso de um projeto de lei que trata especificamente das distribuidoras.
Apesar de não ser essencial para a realização do leilão, o projeto pretende dar segurança aos investidores e aumentar o interesse pelas empresas.
O governo também tem enfrentado dificuldades para conseguir votar o texto na Câmara. Para Eduardo Guardia, a aprovação da proposta é pré-condição para dar seguimento à privatização da Eletrobras.
Antes de falar da capitalização da Eletrobras, precisamos viabilizar a privatização das distribuidoras. Essa é uma pré-condição para que a gente possa falar em qualquer operação com Eletrobras”, declarou.
De acordo com o ministro, o governo precisa primeiro aprovar o projeto de lei no Congresso. “Temos que privatizar as distribuidoras para depois voltar a falar em uma operação de capitalização da Eletrobras. Existe uma sequência lógica que não pode ser invertida, afirmou.
Fonte: G1