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Faturamento da indústria cresce pelo 3º mês em julho e emprego para de cair

O faturamento da indústria brasileira teve, em julho, o terceiro mês seguido de elevação ao subir 0,4% em termos dessazonalizados (descontada a variação de menos ou mais dias úteis), informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (9). 
Entretanto, no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o faturamento da indústria registrou recuo de 8,2% – o pior resultado para este período desde 2003, quando tem início a série histórica da entidade.
Previsões
Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a indústria está se recuperando. “Mas ainda não podemos afirmar ainda que a crise está superada no setor industrial, pois os números ainda não retornaram ao patamar de antes da crise. O fundo do poço já passou. O segundo semestre vai ser bem melhor. Mas, na média, a indústria deve se recuperar só no fim do ano”, afirmou ele. No primeiro semestre deste ano, a indústria teve o pior desempenho desde 2003.  
Segundo o economista da entidade, Marcelo De Ávila, o faturamento da indústria teria de crescer 6,7% entre agosto e dezembro deste ano para que não seja registrada queda frente ao ano de 2008. Ele avaliou que o mais provável é que isso não aconteça e que o faturamento industrial tenha recuo, em 2009, na comparação com o desempenho do ano passado.
Emprego industrial
A CNI avaliou, entretanto, que a recuperação ainda não chegou ao emprego industrial, que ficou estável em julho (não cresceu, mas também não recuou). Mesmo assim, foi interrompida uma série de oito meses seguidos de queda.  
“Os indicadores industriais referentes ao mês de julho apontam que a recuperação da atividade industrial ainda não reativou o emprego do setor”, informou a entidade. Porém, ao não recuar em julho, a CNI avaliou que o “ajuste” no mercado de trabalho, por conta da crise financeira, pode “ter chegado ao fim”. 
Nos sete primeiros meses deste ano, ainda segundo a CNI, o emprego na indústria se retraiu 3,1%, também o pior resultado para este período desde 2003, quando a CNI mudou a metodologia de cálculo dos dados.
Horas trabalhadas na produção
Já as horas trabalhadas, indicador que se mais reflete o nível da produção industrial, subiu 0,1% em julho deste ano. Esse é o segundo mês seguido de aumento deste indicador. “A falta de reação desse indicador ainda não permite delinear um padrão consistente de recuperação”, informou a CNI. De janeiro a julho deste ano, segundo a entidade, as horas trabalhadas registraram queda de 8,6% – também o pior resultado desde 2003.
Uso do parque fabril
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria, ou seja, de uso do parque fabril, subiu em julho deste ano. Segundo números da CNI, atingiu o patamar de 79,9% no mês retrasado, em termos dessazonalizados, contra 79,4% em junho deste ano. 
Mesmo assim, ainda está longe do patamar registrado antes do agravamento da crise financeira, ocorrido em setembro do ano passado. Antes da piora da crise, o indicador, que é olhado com atenção por economistas, pois indica a capacidade de a economia produzir sem gerar inflação (se o uso estiver baixo), estava por volta de 83%. “Existe uma folga para aumentar a produção sem qualquer tensão [na inflação]”, disse Castelo Branco, economista da CNI.
 
 

Fonte: G1

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