Evento do mercado gaúcho recebe superintendente da Susep
Aos poucos as atividades do setor de seguros estão retornando ao formato presencial. Na sexta-feira, 25 de março, foi a vez de ser realizado o tradicional Almoço do Mercado Segurador, no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS).
O evento foi promovido pelos Sindicatos das Seguradoras (SindSeg-RS) e dos Corretores de Seguros (Sincor-RS).
Durante a atividade ocorreu a posse da nova diretoria do SINDSEG RS, além da palestra com o Superintendente da Susep, Alexandre Camillo.
Coube ao presidente do Sincor, André Thozeski, realizar a primeira explanação do almoço do mercado segurador. Além de parabenizar o presidente do SindSeg, Guilherme Bini, desejando-o um feliz mandato, o dirigente fez uma saudação especial às mulheres, já que no mês de maio elas são homenageadas com mais ênfase: o mercado segurador gaúcho é pujante graças a participação feminina.
Ao saudar os integrantes da diretoria do Sindicato das Seguradoras do RS que serão empossados, Thozeski ressaltou que o presidente Entidade reuniu um grupo extremamente qualificado. Bini, você está apoiado por grandes talentos, que são profissionais dedicados e comprometidos. Tenho certeza que vocês farão um excelente trabalho. E o Sincor-RS estará ao lado do SINDSEG RS em todas as iniciativas que defendam o mercado segurador gaúcho, afirmou.
Por fim, Thozeski salientou ao superintendente da Susep, Alexandre Camillo, que no Rio Grande do Sul existe uma tradição de união das entidades do setor: em nosso estado Sincor, SindSeg, CVG RS, ACONSEG, e os clubes do segmento atuam sempre juntos e todas as ações de nosso mercado são prontamente apoiadas pelas entidades, porque juntos somos mais fortes!.
Guilherme Bini iniciou seu discurso relembrando, que há dois anos, a pandemia foi decretada apenas três dias após ele assumir a Entidade. Mas o isolamento social provocado pelo Covid-19 fez com que o setor de seguros se reinventasse. As seguradoras se adequaram rapidamente à nova realidade e começaram a trabalhar no formato home office, desenvolvendo ferramentas pra auxiliar o mercado. E os corretores de seguros não pararam por nenhum momento e continuaram a atender seus clientes de forma exemplar.
O presidente do SindSeg enalteceu o papel das Companhias no período pandêmico por continuarem amparando as vítimas da Covid-19: as Seguradoras ignoraram a cláusula de risco excluído e começaram a indenizar as vítimas. Não sabíamos o tamanho do volume de indenizações, mas mostramos para a sociedade e importância que existe em nosso mercado. Não somente indenizando patrimônio e bens, mas também vidas e amparando famílias.
Ao comentar sobre os números divulgados pela Susep no mês de janeiro que mostram que o setor segue em expansão, Bini fez uma observação importante sobre o seguro da carteira de vida. Nosso mercado cresceu 6,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Temos aí R$ 3.4 bilhões em prêmios, o que representa 19% acima do ano anterior. A carteira que mais cresceu no período foi a de automóvel, já a de seguro de pessoas apresentou leve crescimento de 0,3%. Precisamos continuar ofertando o seguro de vida, pois é nossa responsabilidade manter essa carteira no mesmo nível de procura do período em que houve o auge da pandemia. Vamos levar esse produto para as pessoas como uma forma de proteção e garantia a continuidade dos sonhos das famílias.
Por fim, Bini conclui ressaltando o papel do Sindicato: o SindSeg é um parceiro fiel das Seguradoras, representante de todas as associadas. Nesses próximos três anos queremos estar muito mais presentes no mercado.
Durante o almoço, ocorreu a palestra do superintendente da Susep. Mesmo com uma trajetória vasta e respeitada no segmento, Camillo nunca havia atuado no serviço público e mostrou-se impressionado com a complexidade da autarquia: o funcionamento da entidade é muito diferente. A própria estrutura da Susep está desequilibrada frente à importância do mercado de seguros e das demandas que ela tem enquanto órgão fiscalizador.
De acordo com o superintendente, a autarquia apresenta em seus quadros um número de funcionários reduzido: a Susep conta com 300 servidores, o que é muito pouco diante do tamanho e do potencial do mercado.
Para Camillo, na atualidade a autarquia vive uma mudança de conceito daquilo que tem que orientar as ações do setor de seguros: o ideal é o equilíbrio, e isso é que estou propondo para a Susep.
Na avaliação do superintendente é preciso dialogar sempre e o cenário atual deve ser enxergado com olhos direcionados para o futuro. Temos que olhar para frente, em todos os aspectos. Enquanto eu estiver na autarquia sempre haverá diálogo e a busca de consenso. Com maturidade profissional e pessoal, conseguiremos entender as necessidades de eventualmente fazer concessões para o consenso. Tem aquilo que a gente deseja que seja feito, tem aquilo que é possível que seja feito e tem aquilo que é necessário que seja feito.
Alexandre Camillo destacou as transformações aceleradas pelo qual o mundo está passando, que as oportunidades existem e que aqueles que estão expostos a riscos, buscam alguma forma de proteção: não existe instrumento melhor de proteção do que os produtos de seguro, ao qual nós estamos aqui como representantes.
Fonte: NULL