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Evento da AMMS debate desafios e aponta conquistas das mulheres

Em comemoração ao mês das mulheres, a AMMS promoveu, nesta segunda-feira (29 de março) um bate papo sobre o tema “A Mulher no Mercado de Seguros – Hoje”, com o foco nos desafios e conquistas obtidas no contexto da pandemia.

O evento, que foi transmitido ao vivo e ainda está disponível no canal da AMMS no Youtube (neste endereço eletrônico: https://lnkd.in/dmyfUBQ), teve como mediadora a diretora da Associação, Solange Guimarães, que enfatizou a importância do bate papo como instrumento para fortalecer ainda mais as mulheres executivas do mercado. “Estamos aqui para compartilhar experiências e discutir os desafos e conquistas das mulheres nesse contexto da pandemia, a profssional do futuro, as estratégias e sua resiliência”, enfatizou.

Já a vice-presidente da AMMS, Camila Davoglio citou estudos que demonstram que a carga de responsabilidade assumida pelas mulheres é maior na pandemia, pois incluem “duas ou três jornadas”. Além dessa carga adicional, ainda têm que manter produtividade no trabalho, enfrentando muitas interferências externas. “Essa rotina nova não foi fácil e não existe uma fórmula correta para manter o equilíbrio. Cada mulher encontrou o seu jeito. Mas, há muitas mulheres abandonando postos de trabalho. É muito dificil”, frisou.

Nesse contexto, Camila Davoglio sugeriu que as executivas e demais profissionais do mercado reservem momentos para “relaxar e esquecer do trabalho”, se possível curtindo um final de semana. “O relaxamento também ajuda na produtividade. A gente melhora a produtividade procurando o que é mais confortável”, apontou.

Por sua vez, a diretora Executiva da Associação, Paula Lopes (líder de Placement da Marsh) citou os desafios enfrentados ao assumir novo posto na corporação, ter que mudar de estado e passar a se relacionar com profissionais de países diferentes. “Tive que me adaptar ao mundo virtual, lidando com outras culturas. Mas, a pandemia ajudou muito, pois as pessoas ficaram com agendas mais disponíveis. A questão de empatia afeta todo mundo, tive que me colocar no lugar do outro. O gestor deve entender o que o outro precisa. Isso é muito importante. O líder precisa se adaptar e ter muita resiliência e empatia. É preciso focar mais muito mais na produtividade e na flexiblidade. Não precisa ver se o outro está conectado o dia inteiro”, salientou.

Em sua participação, a também diretora Executiva da AMMS, Simone Ramos, citou pesquisas que apontam mudanças provocadas pelas novas formas de ser e trabalhar em casa.

Ela fez um alerta importante: a pandemia está ameaçando o crescimento do proceso de igualdade de gênero, tendência que, segundo dados da ONU, vinha em evolução nos últimos 25 anos. “A ONU tem, inclusive, encorajado as empresas a buscarem a igualdade de gênero para obter um processo de recuperação mais rápida, justa e resiliente. A boa noticia é que há hoje um olhar diferente nas corporações. As mulheres demonstram liderança e habilidade e criaram estratégias para se adequarem ao cenário atual”, asseverou Simone Ramos.

A importância de se valorizar o papel no contexto atual tamvém foi enfatizada pela conselheira Executiva da AMMS, Ana Carolina Mello (Sócia Proprietária da Safe2Go Startup de soluções para o mercado segurador). Segundo ela, a nova rotina fez muita gente perder o emprego e vários profissionais, de ambos os sexos, optarem por investir no empreendedorismo.

Essa nova opção, trouxe bons resultados para as mulheres, com maior qualidade de vida, que passaram a ser donas da própria agenda, trabalhando tanto quanto no mundo corporativo, mas na hora que escolhe trabalhar.

Contudo, as empreendedoras também enfrentam problemas. Pesquisas recentes indicam que, no empreendedorismo tradicional, 42% das novas empresas são fundadas por mulheres. Mas, o que está movendo o dinheiro no mundo, é o empreendedorismo de inovação. Neste caso, esse percentual cai para 9,8%, nas empresas por mulheres junto com sócios homens e para apenas 4,7% quando criadas exclusivamente por mulheres. “Essas empresas de inovação fundadas por mulheres captaram irrisórios 0,04% dos aportes do dinheiro investido em inovação. Nesse mundo masculino, os investimentos não chegam nas empresas fundadas por mulheres”, lamentou.

O bate papo contou também com o depoimento de Patricia Marzullo (conselheira Consultiva da AMMS e diretora de Subscrição de Engenharia da Allianz Global Corporate&Specialty), que indicou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no trabalho em home office. “Tivemos que aprender como conciliar o home office com o cuidado das crianças, ensino a distancia, tarefas domésticas e alimentação da casa. Há dificuldades como conciliar links de reunião com pedidos dos filhos. Ocorrem até situações hilárias”, observou Patricia Marzullo, que destacou os exemplos de empatia e resiliência das mulheres que exercem cargos de comando em grandes corporações e até mesmo em países, citando Angela Merkel, chanceler da Alemanha.

Visão semelhante foi apresentada por Priscilla Costa (conselheira Consultiva da AMMS e Senior Client Manager da Swiss Re), segundo a qual a pandemia tem sido um processo de construção e aprendizado. “É preciso ter paciência e tolerância, conhecer limites e até cozinhar. Houve diversas fases durante a pandemia. Primeiro, o caos total e a necessidade de ajustes. Depois, a tentativa de retomada de novos projetos. Mais para o fim do ano passado, veio a esperança. Agora, estamos enfrentando a quarta fase”, acentuou.

Ela revelou que um curso de apenas três horas realizado pela Swiss Re, sobre como trabalhar produtividamente no home office, tem ajudado bastante ensinando as pessoas a começarem o dia se “energizando”, seja como atividade fisica, espiruitualidade ou reflexão sobre o que vai fazer; e, em seguida, tendo foco, para se organizar melhor em vez de ficar o dia inteiro trabalhando em meia bateria.

Por fim, ela sugeriu aos líderes e gestores que não deixem de considerar a possibilidade de oferecer novas oportunidades para as mulheres neste momento de pandemia, por acharem que elas estão sobrecarregadas e não vão dar conta das tarefas. “A pandemia afetou muito mais as mulheres que os homens. A maioria dos postos foram perdidos pelas mulheres”, alertou.

 

 

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