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Estruturação das Ações Estratégicas como Diferencial na Liderança Feminina

Falar sobre organização e estruturação em um mercado tão dinâmico quanto o de seguros, pode parecer chover no molhado não é mesmo? Afinal muitos de nós, nos cosnideramos organizados até que um prazo importante se dissolva ou um produto não seja lançado no momento certo, ou até mesmo uma emissão importante não ocorra dentro dos parâmetros desejados de um determinado risco. Por outro lado, é muito comum ouvir frases como: “não consigo ser organizado(a), minha agenda é sempre uma loucura, ou até mesmo, essa coisa de metodologias de processos, projetos e planejamento são burocráticas e prefiro agir rápido”. Mas na verdade, o que vemos dentro de uma liderança, com equipes multidisciplinares, diferentes stakeholders é cada vez mais a necessidade do líder, e neste caso, destaco a habilidade natural feminina por exercer diferentes papéis no seu dia a dia (mãe, esposa, executiva, artista e afins), de ter planos bem traçados, estruturação das ideias com objetivos estratégicos bem definidos para o sucesso de qualquer iniciativa.

No universo de seguros, temos um mercado que, apesar das crises, consegue se manter estável, considerando sua causa principal: a proteção. Seja de bens, pessoas, investimentos, finanças, transações e afins. Todos querem proteção. 

Contudo, é um mercado competitivo e ainda muito fechado em alguns nichos. Para liderar, conduzir diferentes projetos e iniciativas hoje em dia a mulher te sem destacado no quesito: polivalência e multifuncional. Até mesmo porque é muito comum mulher executivas, terem suas duplas ou triplas jornadas de trabalho, enquanto mãe, filha, esposa, núcloes sociais, atuação acadêmica, artística e etc.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres são 45% da população economicamente ativa no Brasil, índice conquistado através do trabalho árduo de muitos anos de dedicação e barreiras rompidas ao longo dos anos. O IBGE também mostra que trabalhadoras também dedicam mais tempo aos estudos do que os homens. Existe uma habilidade natural na mulher de ser multitarefa, exercer várias atividades ao mesmo tempo e para tanto o mindset estruturado se torna um grande diferencial, pois para gerenciar tantos papéis profissionais e sociais é preciso de organização. 

Organização é a palavra da vez, estruturar ações estratégicas, definir metas, ser empática e dedicar tempo ao auto desenvolvimento e o desenvolvimento das equipes relacionadas está presente no cotidiano da liderança feminina.

Mas o que seria um mindset estruturado? Visão clara da informação que chega, o insght que é gerado, a transformação requerida de informação para inteligência, pois informação temos muitas disponíveis, gerar inteligência é conseguir traduzir e extrair o que é de fato relevante para gerar os planos de ação, por fim, a capacidade de estabelecer os ganhos e a sustentabilidade de cada ação, pois qualquer ideia, solução, tecnologia ou produto sem uma visão estruturada está fadado a se perder. Estruturação e Operacionalização é a alma do negócio. Coloque no papel, crie cenários, teste hipóteses. Ideias brilhantes são maravilhosas, mas precisam ser sustentáveis.

Planejar não significa burocratizar mas também não podemos mais perder tempo com os “planos dos planos”, na liderança feminina vemos muita parcimônia na condução dos planejamentos, organização e estruturação, porém fica o alerta de que também não podemos perder o timing das coisas. Se antecipar aos fatos é urgente quando para se manter competitivo no mercado. 

Sobre esse aspecto destaco as metodologias de gerenciamento ágil, presentes no mundo, não precisamos reiventar a roda, temos muitas ferramentas ao nosso dispor, e esta é uma poderosa. Muitos areditam que metolodogias ágeis se aplicam somente a projetos de tecnologia, não mesmo. O método ágil para mim se tornou um mindset natural em tudo que faço e o mesmo busco desenvolver nas equipes que trabalham comigo.

O mindset estruturado não consiste em tentar levantar todas as hipóteses ou gerar projetos perfeitamente planejados e sim planejar e executar de forma iterativa e incremental, de acordo com o que acontece no percurso de implementação de cada ação estratégica, aceitando as mudanças como parte do processo de crescimento organizacional.

Na perspectiva de Martin Fowler e Jim Highsmith (membros do Manifesto Ágil, escreveram um artigo, The Agile Manifesto o qual recomendo a leitura), temos o seguinte pensamento: “Facilitar a mudança é mais eficaz do que tentar evitá-la. Aprenda a confiar na sua capacidade de responder a eventos imprevisíveis; é mais importante do que confiar em sua capacidade de se planejar para um desastre.”

Vanessa Rocha

MBA Executivo em Gestão Estratégica e de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas, Certificação PMP – Project Management Professional pelo PMI Global. No mercado de seguros há 8 anos, na liderança e condução de processos de estruturação, criação e transformação digital de unidades de negócios B2B, conhecimento técnico em linhas financeiras e riscos diversos e atuação em seguradora multinacional e corretora de grande porte.

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