MulherNotícias

Equidade de gênero nas empresas ainda está distante

Partes dos principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, as questões de diversidade e igualdade de gênero no mundo corporativo continuam a caminhar lentamente.

Mesmo com estudos que já mostram que empresas com um quadro de funcionários mais diverso tendem a superar seus pares em práticas de negócio, a maioria das companhias ainda não conseguiu atingir níveis de equidade entre homens e mulheres — principalmente no que diz respeito à presença feminina em altos cargos de liderança.

Dados da B3 indicam que mais da metade (55%) das companhias com ações negociadas em bolsa no Brasil ainda não possuíam nenhuma mulher em cargos da diretoria estatutária até o ano passado. Houve melhora sensível em comparação a 2022 (61%).

Além disso, mais de um terço dessas empresas (36%) não tinham participação feminina no conselho de administração em 2023.

A evolução nesse caso é ainda menos expressiva: 37% no ano anterior. Foram avaliadas 343 empresas no levantamento, uma amostra significativa de um problema que se espalha por todo o mercado de trabalho.

Além do maior desenvolvimento da governança — com ambientes de trabalho mais inovadores, colaborativos e com maior retenção de talentos —, a leitura é que companhias que adotam iniciativas de igualdade de gênero também costumam sentir a diferença nos resultados corporativos.

O levantamento mais recente feito pela McKinsey, de 2020, por exemplo, indica que, dentre as empresas com maior diversidade de gênero, 55% entregaram resultados operacionais ou EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, tributos, depreciação e amortização) acima da média da indústria.

No caso de empresas não diversas, esse percentual cai para 29% do total. “Uma organização mais diversa diminui os riscos e cria oportunidades de negócio, na medida em que você tem pessoas trabalhando com pontos de vistas e histórias diferentes, e conseguem, assim, criar uma gama de serviços mais ampla e que atendem mais clientes”, afirma a vice-presidente de pessoas, marketing, comunicação, sustentabilidade e investimento social da B3, Ana Buchaim.    

Fonte: NULL

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?