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Energia ociosa deve ser vendida, diz Anace

As empresas que compraram energia de comercializadores ou geradores no mercado livre estão diante de um problema que pode se agravar com a crise. A queda da atividade econômica deve provocar sobras de parte considerável dessa energia já contratada.
Essas empresas encaminharam pedido à Aneel e ao Ministério das Minas e Energia de autorização para a comercialização dessa sobra de energia. A legislação brasileira não permite a venda de energia ociosa.
Segundo Paulo Mayon, presidente da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia), que encaminhou os pedidos ao governo, a crise financeira global tem obrigado as empresas a serem mais conservadoras em seus planos para 2009. Muitas inclusive já dispararam seus planos de reestruturação.
“O setor produtivo, onde está o consumidor livre, é o primeiro a sentir a crise: desliga fornos, concede férias coletivas, reduz produção, corta tudo.”
A alternativa de comercialização do excedente contratual seria uma oportunidade, na opinião de Mayon, de as empresas obterem algum ganho com esse negócio. Para isso, no entanto, há a necessidade de o governo regulamentar a venda das sobras de energia.
“Todos serão afetados. Uns mais, outros menos. Os que continuam com investimentos poderiam comprar a energia que sobra daqueles que tiveram a produção mais prejudicada.”
Segundo o presidente da Anace, a Aneel já aprovou e encaminhou ao Ministério de Minas e Energia a solicitação de regulamentação desse mercado. Só falta a assinatura do ministro Edison Lobão.
O Ministério de Minas e Energia afirma que já recebeu o pedido, mas informa que ainda não há data prevista para a aprovação do decreto.

Fonte: Folha de São Paulo

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