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Em almoço do CVG-SP, presidente da CNseg apresenta agenda positiva para o desenvolvimento

Em concorrido almoço do CVG-SP, realizado nesta quarta-feira, 22 de maio, o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguro (CNseg), Marco Antonio Rossi, optou por substituir o tema “Análise das transformações no perfil do consumidor”, então programado para a sua palestra, pela abordagem de uma questão mais ampla, envolvendo as principais iniciativas da entidade para aumentar a representatividade do seguro e estimular o seu crescimento. Antes de iniciar sua palestra, Rossi citou as autoridades presentes, agradecendo a presença de todos, e fez questão, ainda, de registrar que já havia trabalhado, tempos atrás, com Dilmo Bantim Moreira, atual presidente do CVG-SP, na organização de uma conferência. Dilmo B. Moreira, que atua em comissão da Federação Nacional de Previdência e Vida (FenaPrevi), também lembrou que Rossi fora seu “chefe” até recentemente, quando ainda ocupava a presidência da entidade.
Rossi classificou as quatro federações vinculadas à CNseg como “o braço que alicerça o seguro no Brasil”, principalmente, pela especialização de cada uma. “O papel das federações é essencial diante de tantos novos produtos e tantas novas oportunidades”, disse. Junto às federações, ele incluiu os corretores de seguros como fundamentais na estrutura do setor. Para embasar sua apresentação, o dirigente transmitiu um vídeo, o mesmo apresentado em cerimônia de sua posse na CNseg, em Brasília (DF), que demonstra o tamanho e a força do mercado de seguros. O vídeo expôs inúmeros dados sobre o desempenho do seguro, como a arrecadação de R$ 252 bilhões em 2012, correspondente à participação de 6% no PIB, além da geração de 100 mil empregos e a devolução à sociedade de mais de R$ 15 bilhões arrecadados em impostos. Também voltou para a sociedade o montante de R$ 119 bilhões pagos em indenizações, benefícios e resgates, dos quais R$ 16 milhões apenas em planos odontológicos.
A saúde suplementar – que se enquadra no âmbito da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde) – atende 30% da população, realizando no ano passado cerca de 1 bilhão de procedimentos. No vídeo, o seguro de vida também mereceu destaque por já atingir 48 milhões de brasileiros e por ter pagado R$ 6 bilhões em indenizações. A previdência complementar, que conta com 10 milhões de brasileiros beneficiados, alcançou R$ 326 bilhões em reservas. Ao final da transmissão, Rossi comentou que o setor cresce acima do PIB e que o Brasil deve se tornar a quarta economia do mundo até 2050. “Para dar esse salto o país pode contar com o mercado segurador”, disse. Desafios da CNseg Na avaliação de Rossi, a atividade seguradora desempenha importante papel no desenvolvimento do país, seja por meio do atendimento à saúde, no qual supre a deficiência do governo, seja pela oferta de proteção do seguro de vida, em tempos marcados pela violência.
Nesse contexto, ele ressaltou os grandes desafios da CNseg, que começam pela conscientização da sociedade e do governo sobre a força da indústria de seguros. “Precisamos mostrar o tamanho da nossa indústria e da nossa representatividade, para ocuparmos um espaço que ainda não temos”, afirmou. Neste primeiro ponto de sua agenda de trabalho, a CNseg decidiu ampliar sua estrutura em Brasília (DF), para, segundo ele, aumentar sua representatividade e interagir com o Poder Público. “Existem 100 mil pessoas trabalhando no setor de seguros, número parecido com o da indústria automobilística. Mas temos dificuldade em comunicar isso ao consumidor”, disse. Para o presidente da CNseg está claro que a melhoria na comunicação deve ser o segundo ponto na agenda positiva para o setor. “O consumidor entende pouco o que fazemos. Para ele não faz diferença se aumentamos o faturamento, o que importa é saber se a qualidade dos serviços que prestamos melhorou e o se o atendimento evoluiu”, disse.
Nessa tarefa de esclarecimento ao consumidor, Rossi acredita que deve ser dada mais ênfase ao volume de indenizações pagas e aos atendimentos prestados, embora reconheça que a imprensa não especializada prefira divulgar as indenizações negadas. Entretanto, há exemplos positivos, como o do DPVAT, que tem conseguido expor a sua importância à população. A FenaSaúde, segundo Rossi, está iniciando trabalho semelhante ao do DPVAT, para ressaltar os atendimentos prestados e, principalmente, conscientizar a população sobre os prejuízos da quebra de regras do mutualismo. “Não é justo pagar por uma cirurgia de coluna que o paciente não necessita. Defendemos, primeiramente, o consumidor, mas também temos de nos defender”, frisou. Outro pleito da CNseg é a flexibilização das regras de investimentos das reservas de seguros, atualmente da ordem de R$ 525 bilhões. “Hoje, temos pouca margem para investir, porque as regras são muito rígidas.
Se fossem mais flexíveis, poderíamos oferecer ao país opções para investimentos em desenvolvimento”, disse. Rossi citou o exemplo do Chile, onde diversos investimentos em infraestrutura são realizados pelas seguradoras em parceria com o governo. Para superar o desafio da longevidade, o Brasil também poderá contar com a força do setor de seguros. Para garantir proteção às pessoas que viverem mais, já que o Estado não terá condições de suportar sozinho esse peso, Rossi disse que o mercado de seguros deverá lançar novos produtos inteligentes de acumulação. “Temos debatido muito essa questão e acreditamos que possamos avançar”, afirmou. Outra novidade que facilitará a penetração do seguro de automóvel é a reciclagem de peças usadas. Já no campo da capacitação e formação profissional, Rossi inseriu os corretores como alvos principais da Escola Nacional de Seguros, porque esses profissionais devem se preparar para ofertar produtos inéditos.
“Precisamos construir uma indústria de seguros melhor do que a que temos hoje”, justificou. O presidente da CNseg encerrou sua apresentação, manifestando seu otimismo em relação ao futuro. “O desafio é grande, mas temos a oportunidade única de continuar escrevendo a história vencedora do seguro”, disse. Ele ressaltou que a indústria de seguros cresce em padrões chineses, na média de 5% ao ano nos últimos cinco anos. “O mercado ainda está na adolescência e temos de fazer esse trabalho de construção para que o Brasil possa ser protagonista no mundo”, disse. Homenagem do CVG-SP Dilmo B. Moreira entregou a Rossi uma placa do CVG-SP em sua homenagem. Em seguida, ele comentou sobre o propósito da CNseg de investir em formação profissional, lembrando que há 32 anos o CVG-SP tem atuado nesse campo. “As ações da CNseg focadas no tanto âmbito do governo, como no desenvolvimento da técnica, aliadas à divulgação do quanto contribuímos à sociedade, são certamente os altos ideais da indústria de seguro”, concluiu Dilmo B.
Moreira. Registro Autoridades presentes: Alexandre Milanez Camillo, mentor do Clube dos Corretores de São Paulo (CCS-SP); David Novloski, presidente do Clube Vida em Grupo Paraná (CVG-PR); Jorge Teixeira Barbosa, presidente da Associação das Empresas de Assessorias de Seguros de São Paulo (Aconseg-SP); Luis López Vázquez, presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS); Marcio Alexandre Malfatti, presidente da Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA); Mauro César Batista, presidente do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP) e da Academia Nacional Seguros e Previdência (ANSP); Paulo Miguel Marraccini, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg); e Pedro Barbato Filho, presidente da Câmara dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Camaracor-SP). Também marcaram presença no evento o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio Conduru de Oliveira, o presidente Bradesco Capitalização, Norton Glabes Labes e os Conselheiros do CVG-SP, David Santiago, Paulo Meinberg e Osmar Bertacini.

Fonte: Portal Nacional dos Corretores de Seguros

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