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Dólar pode deixar de ser predominante na economia global, diz Banco Mundial

Os dias do dólar como divisa de reserva mundial estão contados depois da crise financeira de 2008, afirmou nesta segunda-feira (28) o presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, diante da nova ordem econômica internacional. Em discurso feito na Universidade Johns Hopkins de Washington, o principal responsável do Banco Mundial disse que após a crise, as maiores economias emergentes do mundo terão maior influência econômica mundial. “A atual suposição é que a economia posterior à crise vai refletir a crescente influência da China, provavelmente Índia e de outras grandes economias emergentes. Supostamente, os Estados Unidos, o epicentro da crise financeira, verá reduzido seu poder econômico e sua influência”, disse o executivo. Zoellick acrescentou, no entanto, que embora China tenha atuado como uma força estabilizadora na economia mundial, ainda encara grandes incertezas em 2010 e que os EUA têm uma cultura de recuperação.
O chefe do banco reservou uma de suas mais graves advertências ao papel futuro do sistema financeiro mundial ao assinalar que a moeda pode deixar de ser a divisa predominante nos próximos anos.
“Certamente, o dólar é e seguirá sendo uma das principais divisas”, disse. Mas, segundo ele, o futuro do dólar dependerá muito das medidas que devem ser tomadas sobre a dívida, inflação e renovação do sistema financeiro no país.
As alternativas apontadas por ele como moedas fortes são o euro e a moeda chinesa. “A China está se movimentando em direção à internacionalização de sua moeda”, disse. G20
O presidente do BM também fez comentários sobre o G20. “Como foi acordado em Pittsburgh na semana passada, o Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) deveria se transformar no principal fórum para a cooperação econômica internacional entre os países industrializados e os poderes emergentes. Mas não pode ser um comitê independente. Nem pode ignorar as vozes dos mais de 160 países que estão fora”, acrescentou Zoellick. Um dos efeitos da grave crise financeira foi o fortalecimento da importância dos países em desenvolvimento e Zoellick disse que sua crescente participação na economia mundial era um desenvolvimento positivo.

Fonte: G1

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