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Dólar opera em alta, de olho em Argentina e na guerra comercial

O dólar opera em alta nesta segunda-feira (2), de olho nas medidas do governo da Argentina que limitam a compra de dólares no país, entre outras medidas de controle cambial, para recuperar a estabilidade em meio às turbulências político-econômicas.

Às 9h42, a moeda norte-americana subia 0,42%, vendida a R$ 4,1590.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,69%, vendida a R$ 4,1415, interrompendo seis sessões de alta. No mês de agosto, a alta foi de 8,46% – pior desempenho entre emergentes, com exceção do peso argentino, contra o qual o dólar subiu 35,80% no mês. O desempenho do real só não é pior que o de agosto do ano passado, às vésperas do início da campanha eleitoral, quando o dólar se valorizou 8,49% no Brasil.

A combinação de juros mais baixos no Brasil, preocupações com a guerra comercial entre EUA e China, incertezas político-econômicas na Argentina e polêmicas sobre queimadas na Amazônia fez o real amargar a maior desvalorização mensal em exatamente um ano.

O BC dará sequência aos leilões, após retomar a venda direta de dólares no mercado à vista pela primeira vez em 10 anos. O BC fará as operações simultâneas de ofertas de dólar spot, swap reverso e swap tradicional até 27 de setembro.

Cenário externo
O governo de Mauricio Macri ordenou que as empresas exportadoras peçam permissão ao Banco Central da Argentina para comprar divisas e limitou a aquisição de dólares por pessoa física, entre outras medidas de controle cambial para recuperar a estabilidade. As medidas ficam em vigor até 31 de dezembro e são lançadas após uma semana de incertezas e forte desvalorização da moeda argentina.

Dados positivos da China ajudam a amenizar um golpe da última rodada de tarifas entre Estados Unidos e China que entrou em vigor no fim de semana. A produção manufatureira da China aumentou inesperadamente em agosto, mostrou o índice PMI Caixin/Markit, contradizendo um relatório oficial de sábado que mostrou uma contração. No entanto, ambas as pesquisas apontaram para pedidos e confiança comercial fracos devido à guerra comercial.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que os dois lados ainda se encontrarão para negociações no final deste mês.

Fonte: NULL

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