Diversidade e inclusão: como inserí-los nas organizações
Diversidade e inclusão são temas muito atuais e que fazem parte da pauta de discussão de organizações que visam sucesso e expansão. De acordo com um estudo realizado pela McKinsey and Co em 12 países, empresas que possuem em suas equipes diferentes perfis tendem a gerar mais lucro.
Muito disso se dá pelo fato de que, ao incluir perfis com diferentes características em uma equipe, abre-se espaço para novas ideias e formas otimizadas de resolução de problemas.
Além disso, o estudo ainda mostra que empresas que incluem seu quadro times com diversidade de gênero, por exemplo, têm 21% mais chances de apresentarem resultados acima do esperado. Em casos de diversidade ética e cultural o número é ainda maior, subindo para 33%.
Existem, no entanto, outras vantagens de trazer em pauta estes temas dentro das organizações. Entenda quais são e como é possível abordá-los de maneira leve e amigável dentro do ambiente de trabalho.
Por que a diversidade e inclusão nas organizações é um tema que precisa ser discutido?
É inegável que a humanidade tem em sua formação uma diversidade de cores e gêneros. Contudo, pouco se discutia sobre o assunto, e a pauta só ganhou força depois da evolução dos direitos humanos.
Há de se considerar, no entanto, que mesmo em pleno século XXI, ainda existe um pensamento equivocado em algumas organizações que o ambiente de trabalho precisa de uniformização. Como em um cenário de filme do Charles Chaplin “Tempos Modernos”, existem ainda líderes que desejam que os perfis formem uma estampa preta e branca, com uniformes iguais, bem como, processos mecanizados.
Felizmente, os tempos de Revolução Industrial já se foram, e o que sabe-se agora é que o ser humano tem capacidades intrínsecas que precisam ser utilizadas a favor da empresa.
Assim, integrar e colocar pessoas de diferentes pensamentos, classes e cores em um mesmo ambiente pode ser algo benéfico para as empesas.
Contudo, os números mostram que essa ainda não é uma realidade. Uma pesquisa feita pelo Instituto Ethos mostrou que apenas 13,6 % dos cargos executivos têm ocupação por mulheres no Brasil.
Além disso, apenas 4,7% dos cargos executivos são ocupados por pretos e pardos. Enquanto isso, as empresas também deixam de investir na inclusão de portadores com deficiência, os PCDs, tendo em vista que o estudo mostra que 3,29% abrem vagas para estas pessoas em seu quadro.
Então, como mudar esta realidade?
Smart Recruting como elemento estratégico de inclusão e diversidade nas empresas
Smart Recruting (ou recrutamento inteligente) é uma forma de trabalho dentro do RH que determina, de maneira prévia, filtros e etapas do processo. Contudo, estes requisitos não estão baseados na cor ou no gênero, mas sim, nas capacidades que a empresa busca para o cargo que deseja ocupar.
Para isso, existe a automatização do processo de recrutamento através de um software que integra todas as etapas. Ademais, há também uma triagem de currículo inteligente, que busca qualificações que estão além das características humanas.
Outro ponto interessante, são os testes e entrevistas virtuais, que facilitam o processo e permitem que todos tenham acesso a esta etapa. Isso porque, é preciso levar em consideração que, muitas vezes, a depender das condições do candidato (sejam financeiras e até mesmo, físicas) fica difícil se deslocar para o local da entrevista.
Através do Smart Recruting é possível realizar uma comunicação integrada entre recrutadores e candidatos, tornando este processo mais efetivo.
Treinamento das lideranças para o processo de diversidade e inclusão nas empresas
Como já sabemos, contar com líderes qualificados dentro da empresa é um ponto crucial para o seu crescimento. Portanto, dentro do processo de diversidade e inclusão nas empresas, a realização de treinamentos pautados nesta temática se faz necessária.
É preciso que os líderes consigam estabelecer um planejamento de programas de desenvolvimento e retenção de talentos. Trata-se, portanto, de treinar líderes para pensarem “fora da caixa”, trazendo novas perspectivas de trabalho para a sua equipe.
Além disso, os líderes precisam aprender a desenvolver uma avaliação comportamental e de resultados. Tudo isso pensando no ser humano como algo valioso, superando a sua expectativa de gênero, classe social ou cor.
O Brasil pode mudar este cenário
De acordo com um estudo realizado pela Kantar Inclusion Index, o Brasil está em 7º lugar no índice global de inclusão e diversidade dentro das empresas.
Apesar desta posição revelar que estamos caminhando para uma nova era, há muito o que se fazer ainda.
Um estudo feito pela McKinsey, mostrou que empresas que não se preocupam com diversidade ética e de gênero possuem 29% mais chances de apresentarem um desempenho pior em relação àquelas que possuem.
Este dado só mostra que tratar da pauta de diversidade e inclusão nas organizações é uma necessidade emergente. Quanto mais cedo os gestores se preocuparem com o assunto, maiores serão as chances de êxito.