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Dez dicas para aumentar a segurança financeira das mulheres

No seminário anual promovido pelo Instituto das Mulheres para uma Aposentadoria Segura (Women’s Institute for a Secure Retirement, conhecido como WISER), que acompanhei on-line, ficou claro não somente que a educação financeira é crucial para administrar bem o orçamento, evitar erros e tomar as melhores decisões, mas também que a desigualdade de gênero é um obstáculo para atingir esse objetivo.

Mesmo nos EUA, 49% das mulheres entre os 18 e 64 anos (um contingente de cerca de 27 milhões) não têm acesso a um plano de previdência privado de seus empregadores. “Quando ajustamos a lente para minorias, 64% das hispânicas e 53% das negras estão nessa situação”, afirmou Catherine Collinson, CEO da Transamerica Institute, que realizou pesquisa com 57 mil trabalhadores. “Não podemos perder de vista que é a mulher que deixa o emprego para cuidar de filhos e pais idosos. Além de viver mais, elas não conseguem poupar tanto quanto os homens”, completou.

O levantamento mostra que as mulheres avaliam sua situação financeira com ansiedade: apenas 16% se dizem confiantes de que conseguirão se aposentar e manter um padrão de vida confortável e 39% estimam que só deixarão de trabalhar depois dos 70 anos, ou nem consideram mais essa hipótese. Outro motivo de angústia é a perspectiva de se tornar uma cuidadora – uma tendência em ascensão, por causa do envelhecimento da população. O maior medo apontado no trabalho: viver além das suas reservas financeiras é uma preocupação de 44% das mulheres e de 38% dos homens.

Na sequência, vêm o temor de que o sistema de previdência seja reduzido ou deixe de existir no futuro; problemas de saúde que demandem cuidados de longo prazo; não ter condições de atender às necessidades básicas da família; custo da moradia; declínio cognitivo; e demência.

Sugestões da equipe da WISER:

1 – Criar um orçamento detalhado que inclua as receitas esperadas, despesas fixas e variáveis, potencial impacto da inflação e objetivos financeiros, como criar uma reserva para emergências e poupar para a aposentadoria.

2 – Nos EUA é mais comum do que aqui, mas fique de olho em empregos que ofereçam planos de aposentadoria, que certamente alavancarão suas economias a longo prazo.

3 – Poupe, mesmo que pouco. O tempo funciona a favor de quem começa cedo, ainda que seja um valor modesto. Não deixe para economizar o que sobrar no fim do mês (porque, para a maioria das pessoas, nunca sobra). Separe uma parte antes.

4 – Evite empréstimos e retiradas da poupança.

5 – Previna-se contra golpes, ficando atenta a mensagens suspeitas, que só aumentarão com a utilização da inteligência artificial.

6 – Se tiver que lidar com o desafio de se tornar uma cuidadora, busque opções de trabalho que permitam uma jornada menor.

7 – Mantenha-se atualizada profissionalmente para garantir sua empregabilidade pelo maior tempo possível. Alimente sua rede de contatos.

8 – Aprenda pelo menos o básico sobre finanças. Discuta o assunto com amigos e familiares, com seu parceiro ou parceira.

9 – Crie um plano de emergência para eventos inesperados, como divórcio, viuvez ou ter que sair do mercado de trabalho precocemente.

10 – Cuide da saúde física e mental.Tenha uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade, exercite-se, tente administrar o estresse e se submeta regularmente a exames de rotina.  

Fonte: NULL

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