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Debates sobre o trabalho da mulher marcam workshop da Fenaseg e Clube das Luluzinhas

Mais de 70 mulheres participaram do workshop promovido em conjunto pela Fenaseg e pelo Clube das Luluzinhas Executivas de Seguros, realizado no auditório da Fenaseg nesta quarta feira, dia 18. Desta vez o tema que atraiu tantas profissionais do mercado de seguros, previdência privada e capitalização foi “Práticas de RH favoráveis ao desenvolvimento profissional da mulher”. E para falar do assunto, foram convidadas Mônica Maia, gerente de RH da Generali; Nancy Bastos, diretora de RH da Aon, e Maria Helena Monteiro, vice-presidente de RH da Sul América Seguros, que não pode comparecer, mas foi muito bem representada por Carmem Pereira, subdiretora de RH da Sul América Seguros.
Alguns dados de pesquisa sobre a posição da mulher no mercado de trabalhos apresentados no início do encontro ajudaram a esquentar os debates. Entre eles, o de que o número de famílias brasileiras com mulheres ocupando o lugar de chefe de casa que cresceu quase 30% entre 1993 e 2003. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para 2003 indicam que esses casos passaram de 22,3% para 28,8%, nesses 10 anos. Outro, da consultoria Deloitte, aponta que elas já ocupam 12,43% dos cargos de direção nas empresas brasileiras.
Outro ponto destacado foi o avanço das mulheres no mercado, que fez com que elas se tornassem elo de grandes investidas comerciais por parte de empresas. O mercado segurador não fica atrás e está cada vez mais preparado para atender às necessidades específicas do público feminino. Em geral, as clientes têm idade acima de 30 anos, exercem algum tipo de atividade e a grande maioria possui fonte de renda própria. Os requisitos para conquistar este mercado são: oferecer serviços para a mulher e para sua família.
Mas o começo foi duro, contou Mônica Maia, da Generali, em sua palestra sobre os benefícios trabalhistas. A mulher trabalhou como escrava, imigrante, bóia-fria e operária. “Na 2ª Guerra Mundial, foi mão-de-obra requisitada, nos EUA e em países europeus, para suprir a perda de milhares de homens”. A luta por igualdade de direitos, no entanto, é bem anterior. Data de 1789, na França, a primeira manifestação feminina de peso. Elas reivindicavam direito ao voto e à educação. Daí em diante, o movimento feminista foi ganhando corpo, até que no dia 8 de março de 1908, um triste episódio deu origem ao Dia Internacional da Mulher. Operárias de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve e foram rechaçadas com um incêndio criminoso nas instalações, que causou a morte de 129 mulheres.
Mônica fez um resumo das leis e normas relativas aos benefícios para a mulher. Ela lembrou que tanto na Constituição quanto na Convenção das Leis Trabalhistas (CLT) homens e mulheres são iguais em direto e obrigações. Mencionou também a Convenção Trabalhista dos Securitários (CTS), onde alguns benefícios têm prazos maiores aos estabelecidos na CLT. É o caso, por exemplo, do repouso para os casos de aborto involuntário, que na CTS é de duas semanas (há também outras situações específicas), uma semana a mais do estipulado na CLT. Outra conquista da mulher, a licença-maternidade tem período de 120 dias garantidos pela CLT, mas, contou Mônica, cinco estados – AP, CE, PB RB e RO – e também algumas empresas do País já concedem 180 dias.
Se por um lado a mulher vai ganhando mais espaço no mercado de trabalho, de outro, vão sendo ampliados os mecanismos de proteção ao seu trabalho. E a tendência, segundo as palestrantes, é de um ambiente de trabalho cada vez mais receptivo ao sexo feminino. Nancy Bastos ilustrou isso com um case de sua própria empresa, a Aon, onde mais de 50% dos funcionários são mulheres, “trabalhando sem distinção de sexo, pois o que importa é o talento, o potencial, a capacidade do profissional de trazer resultados para a empresa”. Nancy fez uma breve apresentação de sua empresa, procurando mostrar, sobretudo, a política de RH por ela adotada.
Ao final, houve intenso debate, mediado por Carmem Pereira, subdiretora de RH da Sul América Seguros. Um próximo encontro já está sendo programado pelo Clube das Luluzinhas e pela Fenaseg, ainda sem data definida.

Fonte: Fenaseg

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