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Cresce a presença de mulheres na área de tecnologia

Estudos recentes apontam um crescimento de mulheres em cargos de liderança. Contudo, elas ainda enfrentam desafios como a falta de investimento ou um plano de carreira.

De acordo com a ONU, empresas com liderança feminina têm resultados até 20% melhores. Outras pesquisas apontam que 52% das companhias com ao menos uma mulher em cargo de chefia pontua melhor em índices ESG, fator que, junto com a diversidade, se torna cada vez mais decisivo para a avaliação dos stakeholders.

A presença de mulheres atuando na área de inovação e tecnologia também é cada vez maior no mercado de seguros. Na Zurich, por exemplo, na área de TI, 21% dos cargos de comando são tomados por mulheres. “Nossa diretora de TI é, inclusive, uma mulher”, afirma Carlos Toledo, diretor Executivo de Recursos Humanos da companhia.

Segundo ele, uma das políticas da Zurich tem como foco trazer equilíbrio de gênero nas áreas. Isso significa balancear o número da presença de homens e mulheres em cada um dos setores para que não exista discrepância entre os gêneros.

Em inovação e tecnologia, a Zurich conta com duas mulheres nos principais cargos de cada área: Lucía Sarraceno, responsável pela superintendência de canais digitais e relacionamento com o cliente; e Zilea Barrilari, que é CIO. “Nosso objetivo é que as colaboradoras vejam na Zurich a oportunidade e o apoio que precisam para atingir o sucesso profissional. Nosso trabalho de equidade está longe de acabar”, assegura o executivo.

O percentual total da presença feminina no quadro de colaboradores é de 60%, ou seja, mais da metade dos funcionários da Zurich são mulheres.

Em postos de liderança, elas representam 45% do total de líderes da companhia.

Já na HDI, que tem um programa voltado para a diversidade e para ampliar a presença das mulheres, principalmente em posições de liderança, a diretora da área de TI é uma mulher. “Buscamos esse equilíbrio em todas as áreas. Inclusive, recebemos na companhia no último mês duas novas diretoras em posições estratégicas: Carla Oliveira, diretora de Automóvel, e Karla Lopes, diretora de Analytics”, revela Patrícia Rodrigues, diretora de Recursos Humanos da HDI.

A companhia acompanha mensalmente os resultados apurados com a mulher no comando de diferentes áreas. Especificamente na área de TI, a seguradora já teve mais mulheres em posições de liderança do que homens. Atualmente, trabalha para retomar o equilíbrio na área, embora pesquisas apontem que o segmento de tecnologia parece atrair mais os homens. A seguradora tinha 24% de mulheres em posição de liderança em 2020.

Esse percentual subiu para 27% no ano passado. “Provavelmente, este ano não fecharemos com menos de 29%. Acreditamos que a diversidade contribui para a geração de novas ideias e percepções e com isso conseguimos nos identificar com diferentes consumidores e atender ao máximo suas necessidades. Temos um programa de diversidade voltado para as mulheres. O empoderamento feminino está cada vez mais em pauta, mas sabemos que ainda há muito a ser conquistado”, observa Patrícia Rodrigues.

Na Generali, a área de Tecnologia representa 13% do quadro funcional. Contudo, as lideranças femininas nessa área já representam 50% do total de gestores. “Temos uma mulher à frente da área de Tecnologia, respondendo ao COO/ CIO da companhia”, diz Débora Pinto, head de RH da Generali Brasil.

De acordo com a executiva, embora não haja na companhia um acompanhamento específico sobre a percepção das equipes quando lideradas por mulheres, na prática, se verifica que aquelas lideradas por mulheres têm um engajamento alto. Isso inclui a Área de Tecnologia, de acordo com a pesquisa de engajamento a Generali faz a cada dois anos. Débora Pinto afirma ainda que as lideranças representam 24% do total do quadro funcional da seguradora.

Destas, aproximadamente 40% são mulheres. Com relação ao total de empregados da companhia, há um equilíbrio entre homens e mulheres: 53% e 47%, respectivamente.

A respeito da adaptação das colaboradoras às novas exigências impostas, com o atendimento remoto e adoção de novas tecnologias, durante a pandemia, ela revela que a maior flexibilidade contribuiu para uma melhor administração das rotinas. “Por muito tempo existiu o paradigma da mulher na Ciência e na Tecnologia como sendo algo incomum. Mas, a realidade já se mostra diferente. As mulheres têm capacidades e habilidades em todas as áreas de conhecimento”, acentua a executiva.

Na Prudential, também é expressiva a presença feminina em postos de comando na empresa e especificamente na área de inovação e tecnologia. “Considerando cargos de liderança, temos o percentual de 42% de mulheres no geral. Na área de tecnologia, alcançamos o percentual de 32%. Atualmente, em todos os processos seletivos executivos, temos a prática de considerarmos a apresentação de dois terços de candidatas mulheres, de modo a ampliar a participação feminina na companhia. Para cargos não gerenciais, apresentamos pelo menos metade de candidatas mulheres”, revela a diretora de RH da seguradora, Gabriela Al-Cici.

Ela ressalta, contudo, que mais do que aumentar a presença das mulheres em postos de comando “é necessário fomentar o pertencimento desta profissional e seu desenvolvimento, assim como a retenção de talento”. Gabriela Al-Cici diz ainda que a companhia formou cinco grupos de afinidades (Gênero, Gerações, LGBTQIA+, Pessoas com Deficiência e Raça/Etnia), visando oferecer espaços de fala, escuta e representatividade para todos. Cada grupo tem um executivo da Prudential como Sponsor.

Ela destaca que, atualmente, a Prudential do Brasil é composta por maioria de mulheres (55%). A participação destas profissionais na força de trabalho total da companhia se manteve estável nos últimos três anos. “Em 2021, 58% dos recrutamentos foram de mulheres e 50% dos executivos recrutados pertenciam a este grupo”, destaca.

Durante a pandemia, a Prudential do Brasil adotou o trabalho remoto para os seus mais de 800 colaboradores, já a partir de março de 2020. A companhia também contou com uma logística de excelência e um comitê especial focado na pandemia para tornar possível o funcionamento de 100% da operação da empresa em teletrabalho, oferecendo toda a estrutura necessária para que cada colaborador pudesse exercer suas funções de casa, em segurança.

O trabalho totalmente remoto se estendeu até outubro de 2021, quando a empresa passou a adotar o modelo híbrido em seus escritórios. Durante a pandemia, a seguradora promoveu diversas ações remotas com o objetivo de preservar a saúde física e mental dos colaboradores, disponibilizando duas vezes por semana sessões de meditação e ginástica laboral.

Além disso, lançou duas iniciativas voltadas para a saúde que foram: o Programa Mente Viva, que oferece sessões de terapia on-line para os colaboradores, sendo que 73% dos atendimentos foram realizados para mulheres; e o Prudential Vitality, que incentiva os colaboradores a adotarem práticas de bem-estar físico e emocional, estimulando a mudança de comportamento. Atualmente, 56% dos participantes deste programa são mulheres.  

Fonte: NULL

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