Consumidora paga seguro de celular e recebe modelo inferior
A operadora de telemarketing Maria Geni da Silva, 59 anos, de Santo André, adquiriu um seguro para seu celular de alta tecnologia há três anos, mas quando foi assaltada, recebeu um de modelo inferior. A empresa escolhida na época foi a Mapfre, que cobrava uma mensalidade de R$ 9,90.
Adquiri o seguro porque meu celular era caro, custou mais de R$ 800. Tinha medo de ser roubada e quando isso aconteceu me ofereceram um de R$ 140, disse a operadora de telemarketing.
Ela teve de adquirir um outro aparelho para utilizar no trabalho, já que desde junho aguarda por uma solução para o seu caso. Comprei outro a sofridas prestações, lamentou.
DIREITOS
O modelo que foi roubado não existe mais no mercado. O técnico em defesa do consumidor do Procon de Santo André, Manuel Marques, explica que este tipo de seguro é como as apólices de veículos.
O celular também vai desvalorizar e deve ser restituído pelo valor que é comercializado no mercado, informou. No caso de Geni, a troca precisa ser por um de tecnologia parecida.
Na hora de se adquirir este tipo de serviço, é preciso prestar atenção ao contrato. Se ela preferir entrar contra a empresa no Procon, precisará levar um comprovante por escrito que mostre que o acordo não previa a desvalorização.
A Mapfre informou que negociará um outro modelo com a consumidora. (Supervisão de Cláudia Fernandes)
Cuidados
Fique por dentro de como funcionam os seguros de celular do mercado:
-O seguro não cobre perda ou furto sem violência, como quando alguém pega o aparelho da bolsa.
-As empresas cobrem apenas roubos, em que há violência ou ameaça, e furto qualificado, em que há arrombamento.
-O aparelho oferecido pela seguradora terá preço equivalente ao do mercado. O valor pago quando o aparelho foi adquirido não serve como referência.
-É importante observar se o contrato tem carência ou prazo para ressarcimento do aparelho.
-Não faça o seguro do seu celular por telefone. É fundamental ter os termos da apólice por escrito.
Fonte: CQCS