Conjuntura é favorável à expansão dos planos de previdência e dos seguros de vida
Se depender apenas dos indicadores econômicos domésticos, o mercado de Vida e Previdência conta com um conjuntura extremamente favorável para sua expansão nos próximos anos. A avaliação é do economista Luiz Paulo Rosenberg, da consultoria Rosenberg & Associados.
Ao apresentar ontem o painel Novo Cenário Econômico Brasileiro, no IV Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, evento de dois dias promovido pela FenaPrevi, até hoje, em São Paulo, Rosenberg destacou que a economia brasileira experimenta seu momento de maior consistência em toda sua história, em contraponto com as turbulências sinalizadas no plano internacional, a partir da crise enfrentada pelos Estados Unidos desde o ano passado.
Nunca imaginei em 40 anos de atividade que fosse ver o atual momento da conomia brasileira. Os resultados são de fato excepcionais, declarou.
Para demonstrar o salto qualitativo da economia brasileira, o especialista destacou a reação de diversos indicadores econômicos ocorrida nos últimos anos. Entre outros, Risco País em queda, renda do trabalhador e taxa de investimento ascendentes, fora a inédita condição do País de credor internacional assumida recentemente.
O economista identificou o andamento de uma revolução silenciosa no País conduzida pelas empresas, agora ávidas em adotar conceitos de governança corporativa. Essa atitude liderada por empresas de capital aberto e por outras em via de lançar ações em bolsa justificaria o aumento da formalização dos empregos, apesar dos encargos sobre a folha salarial fora do padrão mundial (103,3%), e o avanço da arrecadação tributária.
Apesar das boas indicações, o economista assinalou que existem gargalos a mais longo prazo que precisam ser eliminados, como mudar o viés de alta da carga tributária, já na faixa de 36,2% do PIB este ano, 3,8 pontos percentuais acima de 2006. E ainda: a necessidade de uma reforma trabalhista, para reduzir o peso dos encargos e ampliar a competitividade das empresas, e a execução de uma efetiva reforma da Previdência Social, tendo em vista a perspectiva de aumento da expectativa de vida.
Mas as preocupações mais imediatas procedem dos Estados Unidos. Rosenberg assinala ser pouco provável que a crise americana seja debelada nos dois próximos anos, o que significa que haverá uma desaceleração mundial. No caso brasileiro, isso poderá produzir um crescimento menor já no próximo ano, uma queda dos estimados 5% este ano para algo como 3,6% em 2009. De qualquer forma, tendo em vista o quadro mundial, a taxa brasileira deverá ser uma das mais razoáveis.
Fonte: Fenaseg