Confiança na situação atual registra alta pelo 5º trimestre consecutivo
A Robert Half, consultoria global de soluções em talentos, acaba de lançar a 22ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo trimestral que monitora o sentimento dos profissionais qualificados (a partir dos 25 anos e graduação completa) com relação ao mercado de trabalho e à economia.
Nesta edição, o índice consolidado para a situação atual demonstrou continuidade do registro de alta pelo 5º levantamento consecutivo, partindo de 38,6 para 41,7 pontos neste trimestre, e apresentando recorde, mesmo que ainda no patamar pessimista (abaixo dos 50 pontos).
Já na avaliação do futuro (próximos seis meses), a pesquisa revelou inversão na tendência de alta, apontando queda de 50,2 para 44,8, e saindo da zona otimista. O ICRH abrange três categorias: profissionais empregados, profissionais desempregados e recrutadores.
A análise do contexto atual foi mais positiva na perspectiva de todos os grupos e apresentou o melhor resultado da série histórica, com especial destaque aos empregados, que demonstraram um aumento significativo de 4,7 pontos ante o último período.
Todavia, se tratando do contexto futuro, as três categorias apresentaram queda na expectativa, o que pode guardar relação com as dificuldades econômicas vinculadas aos juros altos e à previsão mais modesta de crescimento da economia, bem como a mudança de ares políticos para o próximo ano, que costuma gerar oscilações na confiança do mercado. As descobertas são extremamente interessantes. Por um lado, os resultados animadores para o presente confirmam a melhora do mercado e acompanham as taxas de desemprego em níveis cada vez mais baixos, também para a população geral, mas especialmente para o profissional qualificado. Estamos falando de um índice que gira em torno de 4%. É o valor mais baixo desde 2015, ressalta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Por outro, o indicador voltado ao futuro caiu novamente, o que na realidade não gera tanta surpresa tendo em vista o contexto de transição de governo pelo qual estamos passando. Como é de se esperar, o mercado aguarda decisões relevantes, como as definições com relação à taxa de juros, políticas de responsabilidade fiscal e o comportamento do câmbio, que vão ditar o rumo da economia e influenciar diretamente o universo do trabalho, pondera Mantovani.
Fonte: NULL