Confiança empresarial tem segunda alta seguida em agosto
A confiança empresarial subiu 1 ponto em agosto, para 85,8 pontos. Após a segunda alta consecutiva, o índice recupera 80% da perda de 2 pontos observada em junho, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE).
Segundo Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas do FGV/IBRE, depois do período de consistentes altas nos cinco primeiros meses do ano, a confiança empresarial sofreu um choque negativo em junho, após a crise política, e agora retorna ao nível de maio passado.
O ajuste dos últimos meses ocorreu com uma redução do otimismo das empresas quanto às perspectivas de aceleração do nível de atividade nos meses seguintes, associada a uma melhora na avaliação com relação à situação presente dos negócios. Em síntese, a economia segue recuperando a passos lentos, afirma.
O Índice de Confiança Empresarial consolida os índices de confiança dos quatro macrosetores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV/IBRE: indústria, serviços, comércio e construção. Para a pesquisa, foram coletadas informações de 5.081 empresas entre 1 e 24 de agosto.
Considerando-se os dois horizontes de tempo da pesquisa, a maior contribuição para o aumento da confiança empresarial em agosto foi dada pelo Índice de Situação Atual, que subiu 1 ponto em relação a julho, alcançando 81,3 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015 (82,8 pontos). Já o Índice de Expectativas aumentou 0,5 ponto em agosto, para 92,2 pontos, ficando ainda abaixo do maior valor registrado no ano (94 pontos em abril).
A distância de 10,9 pontos entre o nível dos indicadores que medem as percepções atual e futura dos empresários manteve a tendência de queda iniciada em maio e retorna ao patamar de outubro de 2016. A maior diferença entre as expectativas e a situação atual é observada na construção (22,3 pontos) – setor que apresenta o menor nível de confiança – seguido por comércio (10,7 pontos), serviços (10,0) e indústria (4,4).
Fonte: G1