Clima: evento debate soluções de financiamento para adaptação das cidades
As melhores práticas para aumentar o fluxo de financiamento para a adaptação das cidades à emergência climática foram um dos temas discutidos no encontro Os Impactos das Mudanças Climáticas: Como Escalar o Financiamento para Adaptação e Construir Cidades Resilientes.
O evento reuniu especialistas nacionais e internacionais, que discutiram ainda como desenvolver taxonomia e garantir inovação financeira e de seguros diante dos novos tempos. A partir dos debates, realizados em oito painéis, nesta terça-feira (23/07), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, será elaborado relatório sintetizando os desafios e soluções identificados, com as principais recomendações para alavancar recursos de adaptação e estratégias de redução de risco, como soluções de seguro. O documento terá o potencial para estabelecer um roteiro que apoie o desbloqueio do fluxo de recursos e iniciativas de adaptação no caminho do G20 para a COP 30, no Brasil.
O relatório será compartilhado com órgãos de governo e os participantes.
O encontro foi organizado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Instituto Itausa, Prefeitura do Rio de Janeiro, Climate Policy Initiative (CPI)/CCFLA, Museu do Amanhã e Ministério das Cidades.
Apoiaram também Atlantic Council, C40, CDRI, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Centro Brasil no Clima, Iclei, UNDRR e FGV EASP. A agenda de adaptação para o Brasil é fundamental. Tem tido cada vez mais importância, infelizmente, pelo aumento da intensidade e frequência de eventos extremos e também das mudanças do clima, que estão impactando nossa economia, a agricultura, as infraestruturas, ressaltou a diretora executiva do iCS, Maria Netto. Esse evento mobiliza diferentes atores juntos para tentar trabalhar de uma forma mais coordenada, tanto para buscar soluções locais, como pensarmos melhor o planejamento das cidades, como para analisar e entender melhor o custo de adaptação. E também abordamos soluções financeiras, mostrando o papel dos bancos públicos, o papel dos seguros, e do mercado de capitais, da criação de uma nova taxonomia. Estamos apenas começando uma agenda de diálogo importante. O impacto das mudanças do clima está acontecendo e tem um custo econômico para o Brasil, e em particular para os mais pobres e mais vulneráveis, afirmou Maria Netto.
Para Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, a participação do setor de seguros nos debates da agenda climática é fundamental já que a solução desse enorme problema envolve muitos atores. A agenda climática é um dos maiores desafios já enfrentados pela humanidade, porque ela envolve uma relação global. Então, o enfrentamento da crise climática vai exigir da humanidade o maior esforço de coordenação entre pessoas, empresas, governos, instituições, universidades, centros de pesquisa etc. Um pequeno investimento hoje pode ser a redução de um enorme prejuízo no futuro, destacou.
Fonte: NULL