Chubb apresenta sinistros em baixa
Um dos principais destaques do balanço da Chubb do Brasil, divulgado hoje ao mercado, é que a seguradora conseguiu reduzir ainda mais o índice de sinistralidade de suas operações. Enquanto o setor de seguros brasileiro registrou média de sinistros em torno de 53% em relação ao faturamento, a Chubb fechou 2008 com desempenho de 42,7%, dois pontos percentuais abaixo dos 44,6% apresentados no ano anterior.
Para o economista Acacio Queiroz, presidente da Chubb, a sinistralidade baixa garante margem maior para a companhia crescer. “Trabalhamos com muita qualidade na aceitação do risco porque somos focados em nichos, em riscos bem específicos. Sinistros baixos me dão fôlego e ajudam a melhorar o resultado”, explica. O índice combinado da empresa, medida que revela a relação entre os custos da atividade e o volume de receitas, registrou ligeira melhora, passando de 81,5% para 81,1%.
O lucro líquido da seguradora em 2008 cresceu 4,4%, para R$ 35,9 milhões. Já o faturamento em prêmios avançou 13,1% no mesmo período, passando de R$ 632,5 milhões para R$ 715,6 milhões. Cerca de 65% desse valor vem de seguros patrimoniais e de responsabilidade civil para empresas e da linha tradicional de apólices individuais da Chubb, que contemplam coberturas de carros de luxo, residências de alto padrão, iates e aviões. Queiroz chama atenção para o faturamento que está por vir. A seguradora aumentou em 27,8% a reserva de prêmios não ganhos, ou seja, os contratos já fechados e que ainda serão contabilmente validados. “É solidez para 2009, que vai me ajudar muito a enfrentar a fase de desafios e turbulência”, prevê o executivo, referindo-se aos impactos da crise financeira internacional no mercado de seguros.
Acostumado a fazer análises econômicas para profissionais de seguradoras e corretores em palestras por todo o País, o ex-professor de economia acredita em um crescimento entre 7% e 9% para o setor de seguros. Já para a Chubb, o desejo de Queiroz é dar sequência ao desempenho do primeiro mês do ano. “Em janeiro nós crescemos 10%. Nossa meta é manter uma carteira lucrativa.” Apesar de um começo empolgante, ele não arrisca projeções. “Muitas empresas foram bem em janeiro. O cenário vai ficar mais claro depois do primeiro trimestre, mas se o PIB crescer 2% quero crescer cinco vez mais”, conta.
Fonte: Gazeta Mercantil