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Chega 13º: Hora de sanear finanças

ANA BRANCO
Agência O Globo, Rio de Janeiro – Até a próxima sexta-feira, milhões de brasileiros vão receber a primeira parcela do décimo terceiro salário. Mas o que fazer com esse dinheiro extra? Saldar dívidas antigas, guardar para pagar impostos no início de ano e para despesas escolares dos filhos, bem como aderir a um plano de previdência privada aparecem como as melhores opções para ter um início de ano tranqüilo, afirmam especialistas em finanças pessoais. No entanto, é preciso planejar com cuidado o uso do dinheiro.
O primeiro passo é saber quanto da renda mensal já está comprometido com dívidas antigas e altas, como as do cheque especial e as do cartão de crédito, modalidades em que são cobrados juros de até 11% ao mês. Por isso, sugerem economistas, metade do abono deve servir para sanear o orçamento. O restante pode ser direcionado para os gastos de início de ano, como IPTU e IPVA, e compras de Natal, sempre à vista.
“É importante separar os consumidores endividados dos sem dívidas. Primeiro, o trabalhador deve analisar as despesas de outubro e novembro e ver quanto foi gasto com itens desnecessários.
Sem um planejamento, não há décimo terceiro que salve as finanças.
Além disso, o dinheiro pode ser o início para uma independência financeira”, diz o consultor financeiro Reinaldo Domingos.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o pagamento do abono deve injetar R$ 64 bilhões na economia até o fim do ano, número equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no País). O valor médio será de R$ 919 por trabalhador. Pela lei, as empresas podem pagar o décimo terceiro salário em duas parcelas, sendo a primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.
O benefício também pode ser pago de uma só vez. Nesse caso, o limite é dia 20 de dezembro.
Segundo Miguel José de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), apesar de estar mais consciente, o brasileiro ainda está muito endividado. “A maioria das pessoas pretende pagar as dívidas mais altas. Além disso, é importante reservar parte do abono para janeiro, quando as despesas dobram”, afirma Oliveira.
Para quem está com as finanças em dia, é uma boa oportunidade para investir em educação, fazer uma viagem ou aderir a um plano de previdência privada. Orlando Diniz, presidente da FecomércioRJ, acrescenta que o consumidor pode aproveitar o abono para pagar os presentes à vista, como forma de evitar financiamentos.

Fonte: O Globo

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