Catástrofes naturais afetam resultados da Swiss Re no trimestre
A Swiss Re anunciou perda líquida de US$ 665 milhões no primeiro trimestre deste ano, após o lucro de US$158 milhões no mesmo período de 2010. Segundo comunicado da resseguradora, os ramos elementares sofreram o impacto do elevado nível de sinistros por catástrofes naturais, inclusive os terremotos no Japão e Nova Zelândia e as inundações na Austrália. No primeiro trimestre de 2011, sofremos perdas de vulto devido a catástrofes naturais. Nas renovações que se seguiram a esses eventos, mantivemos objetividade e disciplina em nossa subscrição, possibilitando um crescimento de 13% na nossa carteira de contratos dos ramos elementares este ano, e superando o mercado em termos de tarificação., disse o executivo Stefan Lippe, diretor presidente da Swiss Re.
O capital social da resseguradora teve leve redução, para US$ 24,4 bilhões. Ainda segundo nota distribuída à imprensa, os ramos elementares registraram prejuízo operacional de US$1,2 bilhão, na comparação com um lucro operacional de US$ 259 milhões no primeiro trimestre de 2010. Este resultado foi amplamente motivado pelas perdas provenientes de catástrofes naturais, que chegaram a US$ 2,3 bilhões, líquidas de retrocessão externa. O índice combinado dos ramos elementares subiu para 163,7% no primeiro trimestre de 2011, na comparação com 109,4% no mesmo período do ano anterior. O impacto líquido das catástrofes naturais sobre o índice combinado foi de 89,4 pontos percentuais, ficando 79,8 pontos percentuais acima do nível esperado.
Os ramos de vida e saúde registraram lucro operacional de US$ 144 milhões no primeiro trimestre de 2011, frente a US$ 245 milhões no mesmo período do ano anterior. A mudança no desempenho operacional foi motivada por resultados de mortalidade e variações de anuidade menos favoráveis,compensados apenas parcialmente por índices de morbidade favoráveis. O índice de lucro aumentou para 89,4% no primeiro trimestre de 2011.
A Gestão de Ativos proporcionou um forte lucro operacional de US$ 1,2 bilhão no período relatado, ante US$ 0,9 bilhão no primeiro trimestre de 2010. O retorno sobre o investimento anualizado foi de 4,0% no primeiro trimestre de 2011, frente a 2,8% no primeiro trimestre de 2010.
A Swiss Re manteve sua postura de subscrição objetiva e disciplinada nas renovações de abril de 2011, que cobrem aproximadamente 10% da carteira de contratos da Swiss Re nos ramos elementares. As renovações ocorreram no Japão, Coreia e Índia. Europa, Américas e o restante da Ásia representaram uma menor parcela de renovações. Os prêmios das subscrições da Swiss Re nos ramos elementares registraram crescimento de 5% em termos anuais nas renovações de abril, ou de 13% neste ano até a presente data. Em termos históricos, grandes perdas advindas de catástrofes naturais foram seguidas por um aumento nos preços e maior demanda no mercado dos ramos elementares. A Swiss Re acredita que a combinação das recentes catástrofes naturais,baixas taxas de juro e anos de queda nos preços deverá levar adiante a reviravolta do ciclo. Permanecemos concentrados no alcance de nossas metas quinquenais e estamos confiantes de que podemos corresponder aos compromissos assumidos. O impacto das perdas por catástrofes naturais no primeiro trimestre cria um desafio adicional, mas também acelera a guinada no mercado que antes esperávamos para 2012/2013″, afirmou Lippe.
Fonte: Fenaseg