Caso Batistti: Itália nega que enviado vise a influenciar STF
A diplomacia da Itália afirmou nesta quarta-feira que o chefe de Departamento do Ministério da Justiça do país, Italo Ormanni, assistirá ao julgamento do ex-ativista italiano Cesare Battisti “como observador, não tendo o direito à palavra no processo”. O governo italiano disse à agência Ansa que o enviado para a segunda audiência do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que ocorrerá nesta quinta-feira, não visa a influenciar os ministros, mas apenas acompanhar o julgamento do ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
A Itália pede a extradição de Battisti para que ele cumpra sua pena. Preso no Brasil desde 2007, o italiano foi condenado à prisão perpétua em seu país pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970. Em janeiro, o ex-ativista recebeu o status de refugiado político do ministro da Justiça, Tarso Genro.
O governo da Itália afirmou, em nota, que apenas os advogados que defendem seus interesses têm direito de se manifestar durante a segunda audiência do julgamento contra Battisti. O representante dos interesses da Itália no caso é o jurista brasileiro Nabor Bulhões.
Na primeira audiência do caso, realizada no dia 9 de setembro, sete ministros puderam exprimir seus votos, dos quais quatro se manifestaram favoráveis à extradição e três votaram contra o pedido italiano. A audiência foi suspensa após um pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello. Entretanto, todos os ministros podem revisar seus votos nesta segunda fase do julgamento, o que pode alterar o veredicto final.
Fonte: Terra