Mercado de SegurosNotícias

Cartilha “Família Estou Seguro” é lançada no morro Santa Marta

O lançamento da cartilha “Família Estou Seguro”, criada pela CNseg para disseminar os conceitos do seguro entre as famílias de baixa renda, foi outro ponto alto do encontro promovido neste domingo, no morro da Santa Marta, no Rio de Janeiro, para a implantação da segunda fase do projeto Estou Seguro. A cartilha mostra como o seguro pode ser um aliado importante para proteger pessoas e suas famílias em momentos de dificuldades, como por desemprego, perda de familiares ou outros infortúnios. Além do Santa Marta, a cartilha será distribuída em outras comunidades carentes.
Na mesma solenidade, ocorreu a entrega das carteiras de corretor aos jovens Ricardo de Souza, Sidmar Augusto, Erica e Carlinhos, os primeiros quatro profissionais formados que passarão a atuar na comunidade com os primeiros produtos que estão sendo oferecidos na localidade. “Este projeto foi para a gente a oportunidade de trazer o conceito do seguro, fazer amizades e conhecer detalhadamente a necessidade de proteção que cada um tem. Foram dez meses de intenso e árduo trabalho para aferir uma pequena quantidade de prêmio que não faz nenhuma mexida nos nossos lucros, mas que trouxe para as empresas um conhecimento de um grupo que representa muito para o engrandecimento do País. Uma população cada vez mais informada evitará perda de receita e patrimônio no presente e evitará também perdas no futuro. Não estamos interessados que a pessoa compre hoje um produto de R$ 3,50 ou R$ 5 e sim o que ela pode comprar no futuro com um consumo consciente e educação necessária. Participamos da primeira fase ajudando a formar os corretores, acompanhando as dificuldades do Ricardo, do Sidmar, da Érica e do Carlinhos, às vezes estudando à noite ou nos finais de semana. A comunidade, que não tinha nenhum corretor, hoje tem quatro que fazem além da suas atividades um pouco de educação e de propagação do conceito de seguros. Após estes dez meses fomos convidados pela CNseg, que nos estimulou a fazermos a segunda parte, iniciada há poucos dias para difundir o conceito de seguros, não apenas aqui, mas em outras comunidades que passam a conhecer os conceitos de seguro a partir da distribuição da cartilha nas comunidades, nas escolas, nas igrejas, nas praças públicas”, disse Eugenio Velasques, presidente da Comissão de Microsseguro e Seguros Populares da CNseg.
Também foram entregues a moradores exemplares do livro de fotografias retratando a realidade da comunidade. Presente ao encontro, Itamar Silva, presidente do Grupo Eco, avaliou positivamente tal experiência.”Foi um momento muito interessante e de muito aprendizado, porque discutir mercado e discutir seguro não é a atividade do grupo. Nós temos uma tradição de trabalho social em temas muito duros, e o mercado não é um ambiente muito amigável para discussões sociais. No entanto, esta relação e a aproximação com o IETS permitiram a gente colocar algumas condicionantes. Em primeiro lugar, que todo o conhecimento produzido ao longo deste trabalho deveria ser compartilhado com os moradores e assim foi feito no processo de pesquisa, que foi compartilhada e disponibilizada para a comunidade. A segunda questão é que, ao longo do processo todo, quando se fizeram as fotografias, a gente pensou e agora o que fazemos com isso? Estabelecemos que deveria ter um retorno: a comunidade precisa se olhar e se ver porque este é um processo de fortalecimento da identidade. E a gente teve uma resposta muito positiva, e esperamos que cada morador exercesse o direito de dizer sim ou não de ver sua foto estampada. Este projeto permitiu um diálogo muito frutífero e sincero, tanto com o IETS quanto com a CNseg, e a gente espera continuar e estar de peito aberto para discutir criticamente com o Santa Marta, que tem uma tradição de se posicionar criticamente dizendo sim e não, mas sempre dialogando. E, fundamentalmente, o que a gente precisa hoje seja ou não na favela é dialogar sinceramente dizer a que a gente veio e reconhecer as potencialidades que existe em cada local. Foi um prazer para a gente junto com a associação de moradores de abrir a comunidade de forma participativa e dialogada”.
Ao fazer um balanço das ações, Maurício Blanco, diretor técnico do IETS, disse que, “desde 2008, constatou-se ser possível pensar em projetos onde o setor privado, a comunidade e a academia devem estar presentes na criação de uma esfera pública para construir boas ações. “O projeto Estou Seguro mostra que é possível todo mundo obter ganhos neste tipo de projeto. A comunidade ganha porque, com transparência e participação, é capaz de mostrar o valor que tem em termos de mercado e avanços sociais e maior conscientização. Para nós, do IETS, foi uma experiência maravilhosa saber que podemos coordenar ações e pensar sobre o dia a dia das pessoas. Vimos jovens participando e pessoas refletindo e discutindo sobre a temática. Acho que podemos construir mais à frente e eu estou muito otimista em nome de toda a equipe do IETS, porque abrimos um caminho e hoje sabemos algumas coisas que a pesquisa nos mostrou sobre alguns rumos que poderemos construir juntos para o futuro. Só quero agradecer a CNseg esta parceria maravilhosa que conseguimos fazer e a todas as operadoras que também participaram ativamente.”

Fonte: Viver Seguro

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?