Cabe a nós entendermos que temos de atuar de maneira inovadora, diz Walter Longo
Hoje a RSA teve a coragem de me mandar um email para pedir uma correção: o grupo não confirma a venda das operações na América Latina. Bem, está publicada, mas eu recomendo a leitura das matérias locais e internacionais sobre o tema. Basta dar um google com as palavras chaves rsa sale latin america para ficar bem informado que o grupo está sendo negociado mundialmente devido a delicados problemas iniciados na subsidiária da Irlanda.
Mas vamos satisfazer o pedido do grupo:
Em relação à reportagem intitulada RSA divulga resultados positivos e tenta elevar oferta da Zurich a RSA Seguros esclarece que, ao contrário do que diz a matéria a Companhia não confirmou a venda da operação América Latina. Reforçamos, ainda, que não comentamos rumores de mercado. – See more at: http://www.sonhoseguro.com.br/2015/08/rsa-nao-comenta-rumores-de-mercado-mas-esclarece-que-a-companha-nao-confirma-a-venda-na-al/#sthash.1PD7eFC4.dpuf
A revolução digital é real. A promessa do Google é que o carro sem motorista chega em 2020. Eu acho que chega antes. Sem motoristas, não teremos também acidentes ou roubos. Então não teremos seguro de carro como o que conhecemos hoje. O setor tem de se preparar para isso, afirma o mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm e Presidente da Grey Brasil, Walter Longo. Segundo sua estimativa, o mundo já está chegando perto de 100 bilhões de equipamentos conectados. A internet das coisas vai gerar um enorme impacto no universo da saúde e segurança, temas que influenciam diretamente a atividade do mercado de seguros e previdência, afirma.
Longo foi convidado pela CNseg para proferir a palestra Gestão na Era Pós Digital, no 1º Workshop de Inovação do Prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, em São Paulo. A 5ª edição do Prêmio está em pleno andamento e estamos realizadas, eu e Patrícia Gonzales, as mentoras desta premiação, de nos deparamos com tantos projetos inovadores dentro das companhias de seguros. E esta palestra visa incentivar ainda mais a inovação, disse Solange Beatriz, na abertura do encontro.
Não existe mais o mundo digital ou real, eles agora são um só. Antigamente a gente dizia vamos entrar na internet, isso nem se fala mais. Então como fica a relação das marcas com seu público nestes novos tempos? Uma forma simples de tentar explicar a imensa revolução digital foi apresentar quarto, das dez originais, macrotendências para guiar o trabalho do marketing nestes novos tempos.
A primeira delas é a efemeridade. A era pós digital está empurrando essa geração a trocar de amores, amizades, marcas, aplicativos e aspirações como quem troca de tênis, numa sucessão de reinícios, com finais rápidos e indolores, explicou Longo. Um ponto importante para as seguradoras perceberem é que a nova geração não quer compromisso com escolhas. Eles estão acostumados a morrer nos jogos e ligar o botão para viver novamente. Assim, ele recomenda que as seguradoras repensem sua forma de se comunicar. Nas peças publicitárias apresentadas durante a palestra, a grande maioria tinha o viés de enfatizar que é preciso se preparar para um futuro incerto. Trata-se de uma geração criada com videogame. Esse novo consumidor quer liberdade para mudar o mundo e não algo que seja para o resto da vida, enfatizou.
Dito isso, fica claro que é preciso criar produtos e serviços o tempo todo para acompanhar um consumidor que troca de hábitos e de ideias toda hora. Nesta realidade, quanto mais a indústria for tradicional, levando meses para tomar uma decisão, mais vai ficar para trás. Quanto mais autonomia o gestor tiver, mais a empresa estará a frente de seu tempo e de seus concorrentes inovando em serviços que atendam um consumidor que adora a imprevisibilidade. Antes eu precisava andar para não ficar no lugar, agora tenho de correr para não sair do lugar, explica.
A segunda tendência citada por Longo é a mutualidade. Estamos na era da internet das coisas, termo usado para a revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Com tanta tecnologia e informações, as seguradoras precisam rever cálculos atuariais desta conectividade e participar desse mercado que movimentará cerca de US$ 8,9 trilhões em 2020. A curiosidade que tenho é como aproveitar as oportunidades que a internet das coisas traz e quais os problemas que ela pode gerar para o setor?, indaga.
O terceiro ponto é a sincronicidade. Cada vez mais temos de trabalhar com um banco de fatos e não com um banco de dados. É preciso entender que as pessoas não são. Elas estão, diz, citando como exemplo o fato de um banco fazer um financiamento imobiliário de 20 anos para um cliente e a seguradora sequer ter essa informação para ofertar serviços a ele. Para ele, o GPS é o símbolo da era digital e o Waze é o símbolo da era pós-digital. O Waze analisa o seu trajeto e não o seu destino. É preciso investir na sincronicidade e resgatar a missão consultiva dentro de um mundo repleto de ofertas, que chegam a um consumidor que não sabe o que quer de tanta opção que tem. Segundo ele, a oferta consultiva é a grande sacada dos tempos atuais.
A tensionalidade é a quarta tendência, segundo Longo. De acordo com essa premissa, tem de haver dualidade na marca para que ela não vire uma paisagem diante de tanta informação e que acabou por criar a era da distração. Um exemplo é o Google, empresa que valia US$ 400 bilhões em julho. O buscador troca constantemente o logo da marca para chamar a atenção do internauta. Segundo ele, o maior exemplo da dualidade é Jesus Cristo. Na visão cristã, ele é Deus e homem; mortal e imortal; eterno e efêmero; superior e humilde.
Entre os cases que explicam o sucesso da tensão necessária para tornar algo diferente, ele cita Steve Jobs, com traços de carisma e tirania; a Lady Diana, com personalidade plebeia e realeza; Marilyn Monroe, sedutora e inocente; Gisele Bundchen, modelo linda e mãe feliz. Todos eles se tornaram famosos pela dualidade, que causa tensão moderada. Ter um lado só é monótono, afirma. Em marcas, cita a Apple é smart e sexy. Já a Havaianas combina estilo e conforto.
Esses quarto conceitos transformam a gestão atual em um enorme desafio. Todos estamos aprendendo a gerir dentro desta nova tônica, segundo o especialista. Ele cita como exemplo o circo, empresa que muda de cidade atrás dos mercados. Ele não espera o mercado vir até ele. Circo é um ambiente de total interatividade. As pessoas participam. Corre riscos diariamente. O artista serra a mulher e ela volta inteira. Ou seja, em sua visão, Longo afirma que o circo tem conceitos e premissas que nunca foram tão atuais. Nossas marcas e produtos têm de ser mágicos, surpreendentes, divertidos, gerar tensão na dose certa, ter personalidade marcante e ir muito além do esperado pelo consumidor, disse, citando como exemplos o Circo Garcia e o Cirque du Soleil.
Muito aplaudido, Longo terminou sua apresentação com a seguinte reflexão: Um muda todo dia e outro repete o mesmo espetáculo há 50 anos. Um sumiu e o outro está cada dia mais famoso. Vai de nós entendermos que temos de atuar de maneira inovadora. Cabe a nós se queremos ser o circo Garcia ou o Cirque du Soleil.
Informação é a base de tudo. Temos de inovar, criar, ousar. Mas tem duas coisas que precisam ainda ficar conectadas com as raízes do passado: o respeito ao consumidor e dar dados suficientes para que ele consiga fazer a escolha certa, finalizou Solange Beatriz, acrescentando que é preciso saber calibrar a medida certa da ousadia dentro das exigências que o órgão regulador faz.- See more at: http://www.sonhoseguro.com.br/2015/08/cabe-a-nos-entendermos-que-temos-de-atuar-de-maneira-inovadora-diz-walter-longo/#sthash.IWqdfYAf.dpuf
A revolução digital é real. A promessa do Google é que o carro sem motorista chega em 2020. Eu acho que chega antes. Sem motoristas, não teremos também acidentes ou roubos. Então não teremos seguro de carro como o que conhecemos hoje. O setor tem de se preparar para isso, afirma o mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm e Presidente da Grey Brasil, Walter Longo. Segundo sua estimativa, o mundo já está chegando perto de 100 bilhões de equipamentos conectados. A internet das coisas vai gerar um enorme impacto no universo da saúde e segurança, temas que influenciam diretamente a atividade do mercado de seguros e previdência, afirma.
Não existe mais o mundo digital ou real, eles agora são um só. Antigamente a gente dizia vamos entrar na internet, isso nem se fala mais. Então como fica a relação das marcas com seu público nestes novos tempos? Uma forma simples de tentar explicar a imensa revolução digital foi apresentar quarto, das dez originais, macrotendências para guiar o trabalho do marketing nestes novos tempos.
A primeira delas é a efemeridade. A era pós digital está empurrando essa geração a trocar de amores, amizades, marcas, aplicativos e aspirações como quem troca de tênis, numa sucessão de reinícios, com finais rápidos e indolores, explicou Longo. Um ponto importante para as seguradoras perceberem é que a nova geração não quer compromisso com escolhas. Eles estão acostumados a morrer nos jogos e ligar o botão para viver novamente. Assim, ele recomenda que as seguradoras repensem sua forma de se comunicar. Nas peças publicitárias apresentadas durante a palestra, a grande maioria tinha o viés de enfatizar que é preciso se preparar para um futuro incerto. Trata-se de uma geração criada com videogame. Esse novo consumidor quer liberdade para mudar o mundo e não algo que seja para o resto da vida, enfatizou.
Dito isso, fica claro que é preciso criar produtos e serviços o tempo todo para acompanhar um consumidor que troca de hábitos e de ideias toda hora. Nesta realidade, quanto mais a indústria for tradicional, levando meses para tomar uma decisão, mais vai ficar para trás. Quanto mais autonomia o gestor tiver, mais a empresa estará a frente de seu tempo e de seus concorrentes inovando em serviços que atendam um consumidor que adora a imprevisibilidade. Antes eu precisava andar para não ficar no lugar, agora tenho de correr para não sair do lugar, explica.
A segunda tendência citada por Longo é a mutualidade. Estamos na era da internet das coisas, termo usado para a revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Com tanta tecnologia e informações, as seguradoras precisam rever cálculos atuariais desta conectividade e participar desse mercado que movimentará cerca de US$ 8,9 trilhões em 2020. A curiosidade que tenho é como aproveitar as oportunidades que a internet das coisas traz e quais os problemas que ela pode gerar para o setor?, indaga.
O terceiro ponto é a sincronicidade. Cada vez mais temos de trabalhar com um banco de fatos e não com um banco de dados. É preciso entender que as pessoas não são. Elas estão, diz, citando como exemplo o fato de um banco fazer um financiamento imobiliário de 20 anos para um cliente e a seguradora sequer ter essa informação para ofertar serviços a ele. Para ele, o GPS é o símbolo da era digital e o Waze é o símbolo da era pós-digital. O Waze analisa o seu trajeto e não o seu destino. É preciso investir na sincronicidade e resgatar a missão consultiva dentro de um mundo repleto de ofertas, que chegam a um consumidor que não sabe o que quer de tanta opção que tem. Segundo ele, a oferta consultiva é a grande sacada dos tempos atuais.
A tensionalidade é a quarta tendência, segundo Longo. De acordo com essa premissa, tem de haver dualidade na marca para que ela não vire uma paisagem diante de tanta informação e que acabou por criar a era da distração. Um exemplo é o Google, empresa que valia US$ 400 bilhões em julho. O buscador troca constantemente o logo da marca para chamar a atenção do internauta. Segundo ele, o maior exemplo da dualidade é Jesus Cristo. Na visão cristã, ele é Deus e homem; mortal e imortal; eterno e efêmero; superior e humilde.
Entre os cases que explicam o sucesso da tensão necessária para tornar algo diferente, ele cita Steve Jobs, com traços de carisma e tirania; a Lady Diana, com personalidade plebeia e realeza; Marilyn Monroe, sedutora e inocente; Gisele Bundchen, modelo linda e mãe feliz. Todos eles se tornaram famosos pela dualidade, que causa tensão moderada. Ter um lado só é monótono, afirma. Em marcas, cita a Apple é smart e sexy. Já a Havaianas combina estilo e conforto.
Esses quarto conceitos transformam a gestão atual em um enorme desafio. Todos estamos aprendendo a gerir dentro desta nova tônica, segundo o especialista. Ele cita como exemplo o circo, empresa que muda de cidade atrás dos mercados. Ele não espera o mercado vir até ele. Circo é um ambiente de total interatividade. As pessoas participam. Corre riscos diariamente. O artista serra a mulher e ela volta inteira. Ou seja, em sua visão, Longo afirma que o circo tem conceitos e premissas que nunca foram tão atuais. Nossas marcas e produtos têm de ser mágicos, surpreendentes, divertidos, gerar tensão na dose certa, ter personalidade marcante e ir muito além do esperado pelo consumidor, disse, citando como exemplos o Circo Garcia e o Cirque du Soleil.
Muito aplaudido, Longo terminou sua apresentação com a seguinte reflexão: Um muda todo dia e outro repete o mesmo espetáculo há 50 anos. Um sumiu e o outro está cada dia mais famoso. Vai de nós entendermos que temos de atuar de maneira inovadora. Cabe a nós se queremos ser o circo Garcia ou o Cirque du Soleil.
Informação é a base de tudo. Temos de inovar, criar, ousar. Mas tem duas coisas que precisam ainda ficar conectadas com as raízes do passado: o respeito ao consumidor e dar dados suficientes para que ele consiga fazer a escolha certa, finalizou Solange Beatriz, acrescentando que é preciso saber calibrar a medida certa da ousadia dentro das exigências que o órgão regulador faz.
Fonte: http://www.sonhoseguro.com.br