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Briga recomeça no 2º trimestre

Para os usuários de planos de saúde coletivos e individuais, a guerra dos reajustes de preços dos produtos, que parecia adormecida, recomeça no segundo trimestre do ano. No final de maio ou início de junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve decretar os novos índices de reajustes anuais, baseados na média dos índices dos planos de saúde em geral.
Embora já se comente uma alta de pouco mais ou pouco menos que 9%, o índice sequer foi mencionado pela ANS.
“Nenhum índice foi divulgado ainda”, enfatiza o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, que vê um cenário cada vez mais triste para setor.
De um lado, os reajustes acima da inflação e das possibilidades de muitos usuários levam a uma debandada para planos coletivos mais baratos, nem sempre confiáveis. Por outro, empresas que comercializam planos de saúde estão se especializando em malabarismo para equilibrar a empresa finaceiramente, promovendo ações de prevenção, internação domiciliar e gerenciamento de doenças crônicas. “Não há outro caminho, para baratear o custo do produto. As empresas precisam ser cada mais criativas para não quebrar”, diz Almeida.
No entanto, chegará um momento em que nada mais poderá ser feito. “Isso é um problema mundial. É social. A assistência médica, para quem não pode pagar, deveria ser subsidiada pelo governo”, diz.
Na medicina, segundo Almeida, a tecnologia vem para somar. Assim é com a ressonância magnética, a tomografia, entre outros que não substituem outros equipamentos. O custo da assistência médica em todo o mundo é elevado. Nos Estados Unidos, por exemplo, ele é quatro vezes mais alto que a inflação.
Esse, segundo ele, é o grande motivo pelo qual operadoras e seguradoras de planos de saúde excluem os planos individuais ou familiares.
Para a advogada do Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Daniela Trettel, os planos de saúde encabeçam a lista de reclamações do instituto há sete anos, principalmente por reajustes abusivos ou negativa de cobertura.
“Até que ponto o SUS é tão ruim ou os planos de saúde são tão bons? Essa é uma questão que deve chamar atenção do consumidor”, alerta a especialista. A saída, segundo ela, pode estar nas mãos do consumidor, que tem de aprender a defender seus direitos e em um SUS mais forte.

Fonte: Gazeta Mercantil

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