Brasil é último em felicidade entre jovens
Londres – Os jovens de países em desenvolvimento têm, pelo menos, duas vezes mais chances de sentir felicidade do que os que vivem em países ricos. Os mais felizes seriam os indianos, enquanto os japoneses seriam os mais miseráveis. Jovens da Argentina e da África do Sul estão no topo da lista dos mais felizes, com 75%. O índice geral foi mais misturado entre ricos e pobres. A Índia ficou em primeiro lugar, a Suécia foi vice-campeã e o Brasil foi o último colocado.
Uma pesquisa da MTV Networks International (MTVNI) entrevistou mais de 5.400 jovens de 14 países. Apenas 43% dos jovens entre 16 e 34 anos disseram estar felizes com suas vidas. Em países desenvolvidos, como Grã-Bretanha e Estados Unidos, menos de 30% afirmaram ser felizes com o jeito que as coisas estão. O caso do Japão é ainda pior, com apenas 8% dos jovens felizes.
As razões para a infelicidade nos países desenvolvidos incluem falta de otimismo com muito trabalho e pressão para fazer sucesso. Nos países em desenvolvimento, a maioria das pessoas da mesma idade acredita mais num futuro melhor, como na China, onde 84% dos jovens têm esta opinião.
Os jovens mais felizes dos países em desenvolvimento são também os mais religiosos, constatou a pesquisa.
A pesquisa levou seis meses para ficar pronta e resultou no Wellbeing Index, que traz informações sobre os sentimentos dos jovens em relação à segurança, em como eles se enquadram na sociedade e sobre o que eles esperam do futuro.
– Nos países em desenvolvimento, o crescimento econômico está acontecendo. Então, é mais provável que exista um sentimento positivo – disse Bill Roedy, presidente do instituto que coordenou a pesquisa.
Países desenvolvidos são particularmente pessimistas em relação à globalização, com 95% dos jovens alemães acreditando que isso destruirá sua cultura, enquanto nos países em desenvolvimento a tendência é ser mais receptivo a ela e também em relação ao futuro econômico. Eles também têm mais orgulho de sua nacionalidade.
Outro dado da pesquisa é que jovens que têm acesso a mídia geralmente sentem-se menos seguros. Na Grã-Bretanha, mais de 80% das pessoas entre 16 e 34 anos disseram ter medo do terrorismo ou de contrair câncer – embora este tivesse muito mais chances de atingi-los.
Participaram da pesquisa jovens da Argentina, do Brasil, China, Dinamarca, França, Alemanha , Índia, Indonésia, Japão, México, África do Sul, Suécia, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Fonte: Reuters
http://www.paraiba.com.br/noticia.shtml?37149
Fonte: Segs.com.br