Auto-suficiência deve ser alcançada em abril
Escolhida como símbolo da auto-suficiência na produção nacional de petróleo,
a plataforma P-50 deixou nesta sexta-feira a Baía de Guanabara rumo ao campo
de Albacora Leste, na Bacia de Campos, onde vai produzir 180 mil barris por
dia. A viagem até o campo, que fica a cerca de 150 quilômetros do litoral
norte do Estado do Rio, deve durar sete dias. A empresa informou que, depois
disso, serão necessários 30 dias para conectar a embarcação aos poços
produtores. Se o cronograma for cumprido, a tendência é de que o primeiro
óleo de Albacora Leste seja extraído na segunda quinzena de abril.
Quando entrar em operação, a P-50 será a maior plataforma de petróleo em
atividade no País, com capacidade suficiente para garantir uma folga na
relação entre produção e consumo de petróleo no Brasil, o que a Petrobras
chama de auto-suficiência sustentável. A estatal fechou o ano passado com
superávit, em volume, em sua balança comercial – ou seja, exportou mais que
importou.
A empresa espera, porém, o início das operações da P-50 para comemorar a
auto-suficiência, uma vez que a embarcação vai garantir o abastecimento
interno mesmo em caso de crescimento no consumo ou paradas para manutenção
em outras plataformas. Em fevereiro, a Petrobras produziu no País uma média
de 1,758 milhão de barris por dia para um consumo diário que oscila entre
1,75 milhão e 1,8 milhão de barris.
No último mês, foram testadas a estabilidade e as condições de segurança da
embarcação, testes necessários para a autorização e liberação do início da
operação da unidade. Cerca de seis meses após o início de operação, a
unidade atingirá sua capacidade plena de produção, de 180 mil barris de
petróleo por dia. A Petrobras detém 90% de participação no projeto Albacora
Leste e atua em parceria com a Repsol-YPF, que responde pelos 10% restantes.
BNDES financia construção de dois barcos de apoio
DA REDAÇÃO
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta
sexta-feira financiamento à Alfanave Transportes Marítimos, empresa do grupo
americano Edison Chouest, no valor de US$ 42 milhões. Os recursos serão
destinados à construção de dois barcos do tipo Platform Supply Vessels
(PSV), utilizados no apoio a plataformas de petróleo offshore.
Segundo informou o banco, os navios serão construídos no estaleiro Navship,
localizado em Navegantes (SC), que também pertence ao grupo Edison Chouest.
Durante a fase de construção das duas embarcações, serão gerados 328
empregos diretos. Outros 32 empregos fixos serão criados posteriormente,
quando os navios estiverem atuando no apoio à indústria petrolífera. O grupo
Edison Chouest, que atua há mais de 40 anos, têm suas operações distribuídas
por três divisões de negócios: serviços de apoio marítimo; serviços de apoio
terrestre e construção e reparo naval. km de Florianópolis.
Fonte: Jornal do Commercio