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Atuação em Avaliações para Fins de Seguros

O setor de seguros no Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos, apresentando, porém, um potencial de crescimento expressivo, tendo em vista a recente desregulamentação do setor. O mercado de trabalho para a área é, a médio e longo prazo, bastante promissor, principalmente tendo em vista que o mercado de seguros no Brasil ainda é irrelevante, se comparado com países de maior desenvolvimento. Existe uma demanda potencial expectada, porém, segundo especialistas da área, até então ainda não concretizada pela necessidade de uma maior desregulamentação do setor. Dentre as possíveis oportunidades de trabalho, podemos citar o profissional de análise de riscos, com especialização variada. E atuando em análise de riscos, tenho percebido algumas confusões e mal entendidos, destacando-se a conceituação de “avaliação”. O vocábulo avaliação apresenta significados distintos no contexto das atividades do setor, apresentando não apenas a conotação de “valoração”, ou seja, atribuir um valor monetário a um bem, mas também utilizado no sentido mais abrangente de estimar potencial de riscos, de perdas, etc. De um modo geral, as atividades nomeadas como “avaliação” fazem parte do universo de atividades de inspeção, perícia, regulação de sinistros, etc., as quais, em um determinado momento também requerem a valoração de bens. Pela amplitude de bens e características específicas do setor de seguros, as avaliações podem ser realizadas, de uma maneira simplificada, através de sistemas informatizados, ou, pela complexidade dos bens, exigindo especialistas experientes para realizá-las. As avaliações simplificadas, em geral são aplicáveis em bens conhecidos como de “seguros massificados”, os quais pela sua natureza permitem que através de imagens e a utilização de bancos de dados, as estimativas de danos e os valores sejam imediatamente conhecidos. O exemplo mais marcante de tais avaliações encontra-se no seguro de automóveis. Evidentemente que para a realização dessas avaliações não é necessário que o perito ou avaliador disponha de formação acadêmica e/ou conhecimentos profundos, resultando que os valores de remuneração também são mais baixos. Para as avaliações de riscos mais complexos, é exigida uma maior especialização do profissional executante dos serviços. Nessas situações, os valores são mais expressivos e podem representar uma oportunidade para os engenheiros, economistas, biólogos e outros mais.

Berenice M. G. Areias

Conselheira do Clube das Luluzinhas, sócia da empresa Braservices – Serviços Técnicos de Riscos e Seguros Ltda., consultora e analista de riscos.

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