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Atos catastróficos afetam o mercado de seguros

Um dos principais assuntos debatidos no Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência, organizado pela Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA-Brasil), que aconteceu nos dias 23 e 24 de março, em São Paulo, foi o impacto de atos catastróficos no mercado de seguros, já que as guerras, o narcotráfico, o terrorismo urbano e internacional afetam o setor.
“Esses acontecimentos são muito impactantes e envolvem várias apólices, principalmente as de lucro cessante, e fogem da previsibilidade do cálculo atuarial. Os desvios nas curvas das possibilidades começaram a gerar uma preocupação nas seguradoras”, afirma o presidente da AIDA-BR, Sergio Barroso de Mello.
O mercado internacional adotou algumas medidas para minimizar o prejuízo das seguradoras. O Japão e a França, por exemplo, cobram uma pequena quantia em cada contrato de seguro: o valor é acrescido na apólice e funciona como reserva para cobrir sinistros de atos catastróficos naqueles países, independentemente de ser segurado ou não.
No Brasil, acabam de ser revogados os artigos da Lei Complementar n° 126, de 2007, dentre eles o que garante a cobertura de riscos catastróficos e políticos. Essa decisão abrirá as portas para as seguradoras explorarem novas carteiras. “Nunca foi obrigação do IRB, mas agora, com o fim do monopólio, haverá necessidade de se estabelecer novos projetos para cobrir esses riscos, já que a União não faz mais essa cobertura”, explica Mello.
O presidente disse ainda que a abertura do resseguro trará, a médio e longo prazos, novas seguradoras especializadas em determinadas carteiras ou em regiões específicas para o mercado de seguros brasileiro: “O resseguro aberto vai oferecer inúmeras oportunidades para se trabalhar novas apólices”, conclui.

Fonte: Seguros em Pauta

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