As máquinas já conversam para auxiliar o homem
Além de conectar 166 milhões de brasileiros, e mais de 4,5 bilhões de pessoas em todo o mundo, as redes de telefonia celular desenvolveram uma função paralela importante porém desconhecida do grande público. Ela permite a máquinas conversarem entre si. O sistema tem nome traduzido do inglês, máquina- a-máquina, ou M2M.
Sofisticado, ele consiste na combinação de automação de processos com tráfego de dados. O exemplo mais corriqueiro talvez seja o da geladeira de Coca-Cola instalada em qualquer empresa.
Essa máquina pode conter um módulo com chip preparado para emitir um alarme sempre que o estoque da bebida estiver perto do fim.
A mensagem trafega pela rede celular da Vivo, TIM, Claro ou Oi, e chega a uma central de máquinas da Coca-Cola, levando a informação de fim de estoque. O responsável por alimentar a cadeia recebe a mensagem em sua tela e inicia o processo de reposição.
Há usos mais complexos da M2M e sua variação é infinita, sendo que alguns deles foram descritos pela repórter Elaine Cotta em matéria de destaque nesta edição.
A tecnologia contempla segurança de veículos, rastreando-os em caso de roubo; pagamentos por cartão de crédito, telemetria para detectar a prestadoras de serviços vazamentos de água, gás e energia, além de tratamentos médicos. O seguro de um Gol, por exemplo, pode custar a metade se o veículo esconder um rastreador. Esse chip vai permitir à seguradora localizar o carro antes do desmanche e evitar a despesa com o sinistro.
No Japão, idosos levam nas roupas o chip costurado de tal modo que possam ser localizados por seus familiares na eventualidade de uma crise de amnésia.
O mesmo acontece na Europa com crianças e executivos de grandes empresas.
Além das redes de telefonia móvel, também são usadas outras sem fio, como Wi-Fi,Wimax e satélite.
Fonte: Brasil Econômico
