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Armando Vergilio diz que pretende elevar a participação do setor no PIB para 6

Em entrevista ao jornal “Gazeta Mercantil”, o novo superintendente da Susep, Armando Vergilio dos Santos Junior, afirmou que uma das metas da sua gestão será elevar a participação do mercado de seguros, previdência e capitalização dos atuais 3,17% para 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011: “Vamos empreender ações que estimulem o crescimento do setor”, disse ele, que começou a despachar na quinta-feira passada e até ontem já havia realizado duas reuniões com a nova diretoria da autarquia. “Ficou decidido que iremos construir um agenda positiva, com ações diversificadas, em vários níveis, para alcançarmos o objetivo principal, que é dobrar de tamanho até 2011”. Neste ano, acredita-se que o setor já terá passado por uma grande mudança. Tanto as novas regras de solvência como a abertura efetiva do mercado de resseguros, se mantidas, terão sido finalizadas em 2010.
Santos Júnior, nascido em Uberlândia (MG), porém goiano de coração, é casado e pai de dois filhos. Ele tem um ambiente favorável para realizar o que diz ser a sua missão na Susep, uma vez que as grandes mudanças já foram feitas na gestão anterior. Agora será uma questão de fazer cumprir as determinações e avançar em outras direções necessárias que estimulem o crescimento do setor.
Segundo o novo titular, a meta é imprimir à Susep uma nova atuação. “Até agora, a Susep teve uma atuação de fiscalizador, de normatizador. O que será mantido e preservado. Pois só se tem um setor forte se há um órgão forte. Mas quero olhar a Susep como um órgão de fomento, sempre com foco no interesse do consumidor”.
A fórmula para isso passa pelo o que a gestão anterior vinha tentando: desenvolver o seguro popular. “Aumentar a base de consumo é a chave para desenvolver o setor”, disse. “Hoje o setor cresce a reboque da economia, o que é ótimo. Mas o setor pode crescer mais do que a economia. Para isso é necessário inserir as classes C, D, e E no mercado e vamos buscar formas de viabilizar esse projeto com conversas francas e objetivas com os representantes das seguradoras, dos corretores e com os órgãos envolvidos nos problemas que inibem o desenvolvimento de produtos populares”.
Santos Júnior e sua diretoria também levarão adiante outras ordens do dia, como a implementação das regras de solvência e a normatização de resseguros. “Estamos construindo uma regulamentação com visão moderna, nos moldes internacional, que dê garantias para investidores e para consumidores e que deverá entrar em audiência em outubro”, disse.
Uma das preocupações de executivos do setor em relação à Susep é a necessidade de investimentos na autarquia, levando-se em conta que tem agora a função de regular o resseguro e também enfrentará uma onda de fusões e aquisições no setor com as mudanças regulatórias. “Consegui o apoio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do Secretário Executivo, Nelson Machado, que entenderam esse momento ímpar do setor. Sei que temos uma equipe qualificada. Além de todos os servidores, temos cinco membros novos no colegiado, com muito entusiasmo”, disse. Santos Júnior, que nos últimos 23 anos foi corretor de seguros e nos últimos anos dedicou-se mais a política, como Secretário do Estado de Goiás e de Assuntos Institucionais, ficou mais à vontade ao saber que alguns membros de sua equipe também tiveram passagens pelo setor de seguros. Valdemir Bagieri, com 30 anos dedicados ao serviço público, passou pelo Banco Central e pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC). “Ele contribuirá muito com as regras de solvência por
ter passado pelo BC”, disse.
Carlos Alberto de Paulo, também corretor de seguros, passou pelo Banco do Brasil e pela SPC. Ele tem participado das reuniões do CNSP. Murilo Chaim estava na Secretaria de Política Econômica, focado em resseguro. Passou pelo setor privado na área de seguros, como a corretora Pamcary, bem como pelo setor estatal, no Tesouro Nacional. Alexandre Penner, profissional de carreira da Susep e que passou também pela iniciativa privada, atuando na SulAmérica.
“Fazer uma gestão de êxito na Susep é o maior desafio da minha vida. No passado fui briguento. Hoje tenho uma posição conciliadora e vou agir em sinergia com o mercado e com as determinações governamentais”.

Fonte: Gazeta Mercantil

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